Após 11 anos da primeira extração comercial do Pré-sal, passaporte para o futuro está ameaçado

Compartilhar:

Há 11 anos, no dia 15 de julho de 2010, a Petrobras dava início à produção comercial do pré-sal, no poço de Baleia Franca, no Espírito Santo. A descoberta de amplas reservas de petróleo e gás natural nesta camada geológica, em 2006, abriu espaço para um aumento expressivo da produção petroleira do Brasil.

Após 22 meses de produção de petróleo em fase de testes, alcançou-se a marca de 13 mil barris extraídos diariamente. Isso só foi possível graças a uma decisão política do governo Lula, que permitiu que a Petrobras investisse em tecnologia e expertise para exploração do pré-sal, área que gerava receio em outras empresas petroleiras por sua complexidade.  A produção diária de petróleo no pré-sal chegou a 1 milhão de barris por dia em 2016.

Infelizmente, a Petrobras e toda essa descoberta que se anunciava como o passaporte do Brasil para o futuro, estão sendo destruídas a passos largos.  Em um pronunciamento no Sindicato dos Metalúrgicos, em março deste ano, Lula falou sobre a destruição da Petrobras.

“A Petrobras investia 40 bilhões de reais por ano. Nós não descobrimos o pré-sal para exportar petróleo cru, foi para exportar derivados e ter uma indústria petroquímica poderosa no Brasil. É por isso que usamos a frase ‘o Pré-sal é o passaporte do futuro’, por isso que colocamos 50% dos royalties do petróleo na educação e também pensamos em criar um fundo do povo brasileiro”, relembrou. “Tudo isso está sendo destruído, venderam”, lamentou o ex-presidente.

A sanha privatista dos governos que se seguiram aos governos do PT  ameaçam colocar uma pá de cal nos sonhos construídos em torno do Pré-sal. Diversos campos de petróleo foram vendidos a preço de banana.


Somente no ano passado o governo Bolsonaro colocou à venda quatro campos da Bacia de Santos. A expectativa era receber R$ 106,5 bilhões, no entanto, o governo só conseguiu R$ 69,9 bilhões em um leilão que atraiu poucas empresas estrangeiras. Um grande fiasco em cima de uma conquista do povo brasileiro, um patrimônio insubstituível.