Haddad recebe apoio de governadores do PSB e saúda “o campo progressista unido pelo Brasil”

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Os governadores Paulo Câmara (Pernambuco) e Ricardo Coutinho (Paraíba), do PSB, reafirmaram na manhã desta quarta-feira (10/10) o apoio de ambos e do PSB à candidatura de Fernando Haddad à presidência da República. A declaração de apoio foi dada após reunião com Haddad em São Paulo.

Haddad agradeceu o apoio dos pernambucanos e paraibanos e exaltou que as forças democráticas do país estão juntas, neste segundo turno, para defender os direitos sociais e trabalhistas e as liberdades democráticas. “Para nós é muito importantes estarmos juntos. O campo progressista unido pelo Brasil”, afirmou Haddad.

A Executiva Nacional do PSB havia comunicado na terça-feira (9/10) a decisão do partido em apoiar o candidato petista no segundo turno. Também participaram da reunião de hoje a candidata à vice-presidência pelo PCdoB, Manuela d’Ávila, além dos governadores petistas Rui Costa (Bahia) e Wellington Dias (Piauí), reeleitos em primeiro turno no último domingo.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e João Campos, 24, filho mais velho do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos – morto em 2014 – também estiveram presentes. Gleisi elegeu-se deputada federal no Paraná com a terceira maior votação, e João foi o candidato a deputado federal mais bem votado da história de Pernambuco.

Além do apoio do PSB, Haddad recebeu ontem (09/10) o apoio do PSOL e de Guilherme Boulos, que foi candidato a presidente pelo partido. E na tarde de ontem, em São Paulo, os governadores reeleitos pelo PT e PCdoB no Nordeste reiteraram seu apoio ao candidato de Lula: além de Wellington Dias e Rui Costa, Camilo Santana, do Ceará e Flávio Dino, do Maranhão.

O diálogo com Ciro Gomes (PDT) terceiro colocado na eleição presidencial de domingo está sendo costurado, com Jaques Wagner figurando como um dos principais interlocutores. Wagner, que se elegeu senador pelo PT na Bahia, também está construindo pontes com outras importantes lideranças de outros partidos.

Previdência e soberania popular
Respondendo a perguntas dos jornalistas sobre reforma da Previdência, Haddad disse que os regimes próprios de previdência terão que ser revistos em função das condições que estados e municípios se encontram. O presidenciável esclareceu que isso será feito, sobretudo, em relação a privilégios. Para ele, privilégios devem ser cortados, uma vez que promovem um custo muito elevado “em uma situação na qual não temos condições de desperdiçar um centavo”.

Para Haddad, o teto constitucional tem que ser respeitado. E muitas variáveis terão de ser negociadas com os trabalhadores. Ele lembrou que em 2003, o governo do PT fez uma reforma da Previdência com os trabalhadores e, em 2012, houve uma segunda reforma –  em que foi pactuado um acordo de sustentabilidade.

Respondendo a outra pergunta dos jornalistas presentes, Haddad afirmou que já foi ao encontro do comandante do Exército, general Villa Boas. “Tivemos uma conversa de duas horas sobre soberania. Fiz questão de enfatizar para ele, que para nós é ponto de honra garantir a soberania popular. Nós entendemos que soberania nacional e soberania popular são duas faces da mesma moeda e que uma não vive sem a outra”.

Haddad acrescentou, nesse sentido, que “nós não vamos ter um Brasil forte com um povo fraco. Não vamos ter um Brasil forte, com o povo sem direitos. Portanto, defender os direitos do povo é defender a soberania nacional. E, assim que nós vemos”, explicou o candidato do PT.