Em 22 de dezembro de 1988, Chico Mendes foi assassinado nos fundos de sua casa, em Xapuri (AC), por fazendeiros da região. Seringueiro desde a infância, defendeu firmemente uma teoria que mais tarde seria comprovada: a de que os benefícios derivados da manutenção da floresta são maiores do que o valor que se obtém com a sua derrubada.
Chico foi líder dos trabalhadores rurais e dos seringueiros da Amazônia e ambientalista de expressão internacional. Recebeu diversos prêmios internacionais por sua atuação, inclusive o Global 500, oferecido pela ONU em 1987. Em 1977, fundou o sindicato de Xapuri e se elegeu vereador pelo MDB. Passou, então, a receber ameaças de morte.
Incomodados por seu ativismo e pela repercussão de suas denúncias, os fazendeiros o chamavam de “inimigo do progresso”. Por suas atividades sindicais e com movimentos sociais, em 1979 foi acusado de subversão, preso e torturado. Em 1980, participou da fundação do PT.
No mesmo ano, foi enquadrado na Lei de Segurança Nacional a pedido de fazendeiros que o acusavam de envolvimento no assassinato de um capataz. Em 1981, assumiu a presidência do sindicato de Xapuri, cargo que ocuparia até sua morte. Em 1984, foi absolvido de denúncia de incitar posseiros à violência. Candidatou-se a deputado estadual em 1986, mas não se elegeu.
Em 2007 foi criado, no âmbito do Ministério do Meio Ambiente, o Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (ICMBio), encarregado de fiscalizar a conservação ambiental antes a cargo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Foram julgados e condenados por seu assassinato, em 1990, o fazendeiro Darly Alves e seu filho Darcy, que Chico já acusara de ameaças de morte. Jamais esqueceremos.
LEMBRAR é RESISTIR.
Chico Mendes, presente!