Representando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no encontro com presidenciáveis promovido pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou que a iniciativa privada será “convidada e convocada” para grandes projetos de infraestrutura e logística necessários para completar a agenda de competitividade que fará o Brasil voltar a crescer.
Alckmin destacou a prioridade da Coligação Brasil da Esperança em gerar empregos e criar condições para que investimentos públicos e privados sejam retomados. “Por terra, mar e ar, a infraestrutura é essencial”, disse ele, destacando a necessidade de investimento em rodovias, ferrovias e hidrovias por meio de concessões ou das chamadas Parcerias Público Privada (PPP), tendo o BNDES como fundo garantidor dos projetos.
Investimento recorde no período petista
O ex-governador lembrou do legado dos governos petistas, que fizeram investimento público recorde em logística e infraestrutura, destinando quase R$ 2 trilhões para os PACs 1 e 2 e repetiu que o lema do presidente Lula é crescimento e emprego.
“O presidente Lula tem dito o seguinte: emprego, emprego, emprego, emprego, emprego. Crescimento, crescimento, crescimento, crescimento, crescimento. Sem o Brasil crescer não tem solução. Quando crescer, as coisas se acertam”, disse, lembrando também que durante os oito anos em que Lula esteve no poder o crescimento médio foi de 4,1%, chegando a 7,5% em 2010.
Alckmin lembrou outros feitos do governo Lula como geração de emprego, superávit primário em todo o período e redução da relação dívida e PIB, que era de 60% em 2003 e chegou a 39% quando o ex-presidente deixou o governo. “O Brasil cresceu. Para o Brasil crescer, precisa de infraestrutura, precisa de agenda de competitividade e precisa ter investimento”, disse.
Reforma tributária e educação básica
O ex-governador elencou reforma tributária, investimento em educação básica e parcerias internacionais como outras prioridades para reabrir o caminho do crescimento. Ele voltou a dizer que já há duas propostas de reforma com debate avançado do Congresso e que podem ser aproveitadas.
Alckmin disse que o Brasil vive um momento muito especial e que é preciso fortalecer e aperfeiçoar a democracia. “Às vezes a gente imagina que a economia pode ir bem, mesmo que a democracia vá mal. É muito difícil que isso aconteça”. Ele lembrou ainda que há liquidez internacional, com dinheiro sobrando no mundo e que o Brasil tem condições de atraí-lo, se houver regras claras, estabilidade, confiança, credibilidade e previsibilidade.
“Se tivermos estabilidade, democracia estável, previsibilidade, sustentabilidade, segurança jurídica, parar com brigalhada entre poderes, um pouco de paz, de união e segurança jurídica, vai ter investimento. Tendo investimento, a economia cresce. A resposta é rápida. Melhora câmbio, cai a inflação, baixa os juros”, disse, pouco antes de receber documento da entidade com propostas do setor.