Na noite da terça-feira (6), a Jovem Pan foi notificada pelo TSE por divulgar fake news contra Lula e fazer propaganda pró-Bolsonaro, noticiou o Notícias da TV, do portal UOL. A TV é um conhecido canal bolsonarista e, agora, terá de responder pelas mentiras que difunde sistematicamente contra Lula. Divulgar informação falsa fere a lei eleitoral. Além disso, o que o canal faz diariamente não se enquadra como “cobertura jornalística”.
A Jovem Pan foi notificada por causa de informações incorretas divulgadas pelo programa 3 em 1, ancorado por Paulo Mathias com participação de Fábio Piperno, Rodrigo Constantino e Jorge Serrão. A Justiça Eleitoral afirmou que a TV descumpriu regras da cobertura jornalística da lei eleitoral ao não ouvir a versão do PT sobre os fatos, e ainda destacou mentira na divulgação de uma suposta fala de Lula em relação a empregadas domésticas, criticada por Rodrigo Constantino. Ele e seus colegas são notórios disseminadores de fake news e ofensas contra Lula em suas redes sociais.
Uma das punições para TVs que descumprem a regra eleitoral é a retirada do canal do ar por 24 horas, o que seria terrível para a operação financeira, comercial e mesmo a reputação do canal. É o preço da desonestidade.
O desequilíbrio com que a Jovem Pan trata o bolsonarismo é notório. Até porque, seus âncoras fazem propaganda sistemática a favor de Bolsonaro. (O evento em que uma jornalista da emissora confronta Bolsonaro, e é atacada por ele, é apenas a exceção que confirma a regra.)
Bolsonaro sempre se sentiu em casa na JP. Uma extensa investigação da revista Piauí conta como a emissora se tornou o “braço mais estridente” do bolsonarismo no país. A reportagem de Ana Clara Costa compara a guinada da emissora ao que aconteceu com a Fox News, nos EUA, onde a emissora teve enorme influência na radicalização do conservadorismo local.
Assim como Bolsonaro imita Trump e enche o YouTube de conteúdo golpista, a Jovem Pan imita a Fox News e enche Bolsonaro de bajuladores profissionais. Que a notificação do TSE sirva não só para reprimir esse tipo de excesso, que é ilegal, mas também para apontar lembrar aos meios de comunicação que o compromisso de todos eles é com a sociedade e a democracia brasileira.
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