A Coligação Brasil da Esperança entrou com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nesta terça-feira (06/09), contra a TV Record. A emissora decidiu por conta própria não adotar o sorteio como regra para escolher a ordem dos candidatos a serem sabatinados entre os dias 23 e 28 de setembro. O método é previsto na legislação eleitoral e visa evitar favorecimentos. Na representação, a Coligação pede que o TSE determine a realização de sorteio prévio e imposição de multa em caso de descumprimento.
Se valendo de argumento próprio, o canal de televisão decidiu começar pelo primeiro colocado nas pesquisas, Lula, depois o segundo, e assim sucessivamente. Acontece que a primeira entrevista foi agendada para ir ao ar numa sexta-feira, dia de menor audiência, enquanto a segunda entrevista está planejada para uma segunda-feira, quando tradicionalmente há uma maior audiência do jornal. Além disso, pela lógica, o último entrevistado terá o privilégio de falar ao eleitorado mais próximo do dia da eleição.
A Coligação Brasil da Esperança chegou a entrar em contato com a emissora, pedindo que um sorteio fosse realizado, mas a solicitação foi negada.
“Em que pese louvável a iniciativa adotada pela emissora, a escolha da ordem de realização das entrevistas deve, obrigatoriamente, adotar critério que proporcione e preze pela igualdade de oportunidades entre os candidatos e a candidata”, argumenta trecho da representação, assinada pelos escritórios dos advogados Cristiano Zanin Martins, Eugênio Aragão e Angelo Ferraro.
A Coligação Brasil da Esperança, que representa a chapa Lula e Geraldo Alckmin, é formada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Verde (PV) e Partido Comunista do Brasil (PCdoB) Partido Socialismo e Liberdade (Psol) e pela Rede Sustentabilidade (Rede), Partido Socialista Brasileiro (PSB), Avante, Solidariedade, Agir e Partido Republicano da Ordem Social (Pros).