YouTube privilegia fake news contra Lula. Pesquisa do NetLab da UFRJ revela que algoritmo do YouTube está favorecendo vídeos do canal Jovem Pan em detrimento de canais de mídia confiáveis. O vídeo mais indicado é a entrevista de Bolsonaro ao programa Pânico, no qual ele dissemina fake news sobre o processo eleitoral e mentiras contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As fake news ditas por Bolsonaro na ocasião já foram desmentidas diversas vezes pelas agências de checagem. Casos como este seguem ocorrendo mesmo depois de o YouTube lançar a campanha #AntesDoSeuPlay para pretensamente diminuir a propagação de conteúdo duvidoso. Ei, Youtube, respeite o Brasil!
É crime divulgar informações falsas sobre candidatos durante período eleitoral
A pesquisa aponta dados gravíssimos, porque a Jovem Pan é conhecida por disseminar desinformação e declarar seu viés partidário. Inclusive, teve que parar de retransmitir as lives de Bolsonaro. Influenciar o pleito eleitoral, desinformando o eleitor, é crime. As leis do TSE deveriam ser respeitadas e levadas a sério por todas as redes sociais, seguindo a isonomia que é cobrada de TVs e Rádios de concessão pública.
Os vídeos da Jovem Pan estão sendo favorecidos pelo YouTube e, pior, não estão sendo moderados pela plataforma, mesmo quando contêm desinformação e discurso de ódio. Assim, se tornam um dos principais braços do bolsonarismo e da extrema direita. Por que, YouTube?
Conteúdos extremistas se amplificam muito rápido, corroboram na formação de bolhas e contribuem para radicalização. A plataforma deveria tornar transparentes a forma como seu algoritmo de recomendação funciona e tomar providências mais efetivas contra fake news.
Depois da Jovem Pan, que aparece como primeira sugestão em 10 dos 18, vem o conteúdo do UOL (5 vezes) e CNN (1 vez). Enquanto isso, no Twitter acontece o movimento de internautas que pedem um YouTube sem partido.
No último dia 2 de setembro, o Verdade na Rede lançou o Manifesto contra a Desinformação, para pressionar as Big Techs a efetivamente coibirem a produção e disseminação de fake news. Ei, plataformas, respeitem o Brasil! Faça como milhares de pessoas e assine aqui o Manifesto.
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