Quando Lula e Dilma foram presidentes, os empregos com carteira assinada dispararam no país, assim como o valor do salário mínimo. Entre 2003 e 2015 foram gerados 20 milhões de postos formais de emprego. Tudo isso sem que nenhum direito fosse retirado dos trabalhadores, pelo contrário: por lei, o salário mínimo era valorizado sempre acima da inflação. Lula sabe a fórmula para gerar emprego e fazer o país crescer, tratando bem o povo trabalhador.
“Aqui no Brasil inventaram uma tal de carteira verde e amarela, que eu não sei que tipo de emprego gera. Porque nós queremos uma carteira que não importe a cor, mas o que importa é que o empregador, quando contrata o trabalhador, tenha seguridade no emprego. E se esse trabalhador quiser ser um trabalhador que trabalha por conta própria, que quiser ser empreendedor, nós temos que criar condições, ainda assim, pra cuidar da seguridade desse cidadão brasileiro.” — Lula
Como Lula sabe criar empregos? A receita é o fortalecimento das leis trabalhistas, uma política de valorização do salário mínimo, a inclusão educacional e as políticas sociais de transferência de renda, entre outras medidas para manter a economia aquecida.
Para o ex-presidente, emprego é uma obsessão. Como trabalhador que sempre foi, Lula entende o que um trabalho com remuneração digna e direitos garantidos representa para uma família. É a possibilidade de realizar sonhos, de conseguir a casa própria, de poder mandar os filhos para a escola e de deitar a cabeça em um travesseiro sem se angustiar com o amanhã.
Desde que dona Lindu migrou para São Paulo com os filhos em uma viagem de pau de arara que durou 13 dias e 13 noites, o ex-presidente teve vários empregos. Foi vendedor de laranja, de amendoim e de tapioca, e também engraxate, telefonista e office boy. Aos 15 anos, Lula foi admitido no curso de torneiro mecânico do Senai, uma alegria que ele leva até hoje.
“O Senai foi a melhor coisa que aconteceu. Eu fui o primeiro filho da minha mãe a ganhar mais que o salário mínimo, o primeiro a ter uma casa, o primeiro a ter um carro, o primeiro a ter uma televisão, o primeiro a ter uma geladeira. Tudo por conta dessa profissão. Acho que foi a primeira vez que eu tive contato com a cidadania.” — Lula
A conquista da independência através do trabalho foi algo que o marcou profundamente e é um dos motivos de sua obsessão em gerar empregos – e, para isso, Lula sabe a fórmula.
Lula criou empregos no campo e na cidade
No governo de Lula, houve a democratização do acesso a oportunidades. Isso porque o crescimento do emprego se deu de forma disseminada, com forte expansão tanto nas áreas metropolitanas quanto no campo. O governo federal, para estimular a atividade produtiva privada, investiu em todas as regiões do país, e não apenas nas regiões Sul e Sudeste, como nos governos anteriores.
Políticas como o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o Minha Casa, Minha Vida, o Luz para Todos e as Cisternas geraram milhões de empregos na construção civil. Apenas o MCMV, por exemplo, gerou 1,2 milhões de empregos em 5 anos.
Os pequenos negócios – aqueles que faturam até R$ 3,6 milhões por ano – foram responsáveis pela geração de sete milhões de novos empregos com carteira assinada entre 2000 e 2011, consolidando-se como os principais empregadores da economia formal. Isso foi resultado também de políticas de incentivo criadas nos governos Lula, como o Simples Nacional e o Microempreendedor Individual (MEI), que permitiu que pequenos empreendedores como camelôs, feirantes, vendedores autônomos pudessem se formalizar e contribuir com uma alíquota menor para a Previdência.
“A implementação dessas políticas foi capaz de assegurar não apenas o crescimento das oportunidades de emprego e a inclusão de categorias até então marginalizadas, o que levou a fortes reduções das desigualdades sociais e da pobreza, como também assegurou que se obtivesse equilíbrio entre arrecadação e despesas.” — Lula em entrevista à CBN
Desemprego
O crescimento do emprego se deu em ritmo muito mais acelerado do que a população em idade para trabalhar. Quem estava à procura de emprego teve mais facilidade para encontrar.
O resultado disso foi a redução drástica da taxa de desemprego, que passou de 10,5%, no final do ano de 2002 (dez/2002), para 4,3%, no final de 2013, a menor já existente na história do país.
Alcançando, assim, o que os economistas chamam de pleno emprego, quando a taxa de desemprego chega a um mínimo correspondente à movimentação dos trabalhadores e trabalhadoras entre um emprego e outro. A Era Lula chegou ao fim com taxa de desemprego de 5,7%.
“Eu não crio emprego”, diz Bolsonaro
Hoje, nas mãos de Bolsonaro, o país padece com quase 11 milhões de desempregados. O rendimento médio não para de cair. A informalidade segue em alta e os poucos direitos trabalhistas que restaram após a reforma empreendida com o golpe estão em risco.
Nada disso, no entanto, abala o presidente do país. “A culpa é do governo. ‘Cadê o meu emprego? Você tem que correr atrás. Eu não crio emprego. Quem cria emprego é a iniciativa privada. Eu não atrapalho o empreendedor”, disse Jair Bolsonaro.
“Emprego para mim é obsessão”
Lula sabe a receita e tem vontade política para levar o Brasil ao patamar do pleno emprego novamente: “Emprego é coisa extraordinária para manutenção do país harmônico. Emprego para mim é obsessão. Vamos fazer uma revolução silenciosa para gerar emprego envolvendo toda a sociedade brasileira”, disse em entrevista.
Entre suas propostas, está a retomada do investimento público em infraestrutura, como forma de estimular a economia, valorização do empreendedorismo, com apoio aos pequenos negócios, com o BNDES atuando como um banco de desenvolvimento de verdade, emprestando recursos para pequenas e médias empresas, e incentivo à construção de cooperativas para gerar emprego em pequenas vilas e comunidades.
O ex-presidente também vai trabalhar pela reindustrialização nacional em novas bases tecnológicas e ambientais; pela reforma agrária e o estímulo à economia solidária, à economia criativa e à economia verde inclusiva, baseada na conservação, na restauração e no uso sustentável da nossa biodiversidade.