O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na manhã desta sexta-feira (30/09) que o Rio de Janeiro precisa retomar a importância econômica e voltar a ser visto como estado gerador de emprego e oportunidade.
Em entrevista coletiva na capital, antes de embarcar para caminhada em Salvador (BA), o ex-presidente defendeu retomada das indústrias naval e de óleo e gás e a realização de obras de habitação população, saneamento e urbanização das favelas. Ele também sugeriu a discussão de um outro tipo de desenvolvimento, baseado em pequenas e médias empresas.
“O Rio de Janeiro precisa voltar a ser visto pela imprensa brasileira como um estado gerador de oportunidades e emprego. E que você pode estabelecer outro padrão de desenvolvimento na base de pequenos e médios empreendedores individuais, na base de pequenas e médias empresas”, disse ele, acrescentando que será preciso fazer valer a Lei Geral da Pequena e Média Empresa, o Simples e estimular forte investimento na área de saneamento básico e habitação popular.
Lula lembrou que quando deixou o governo, no fim de 2010, o estado do Rio era como um grande canteiro de obras, que empregava os moradores das comunidades. Hoje, lamentou, o estado enfrenta situação grave econômica e social.
Compromisso com causas sociais
O ex-presidente defendeu a eleição de Marcelo Freixo (PSB) para governar o estado e de André Ceciliano para o Senado e disse ser importante para o Rio ter um dirigente de esquerda comprometido com as causas sociais. “Com a vitória do Freixo, a gente pode fazer algo que funcione, como uma verdadeira orquestra regida por um maestro que quer fazer a coisa funcionar. Essa é a minha disposição”.
Lula disse que vai se dedicar à campanha do candidato do PSB no segundo turno das eleições e destacou ser muito importante, se eleito presidente, ter governadores aliados nos três principais estados do país. “Se ganhar eleições em três estados importantes, Minas, São Paulo e Rio de Janeiro, como está previsto pelas pesquisas é um trunfo extremamente importante para construir a aliança política necessária para governar o Brasil. É muito importante a gente estar no mesmo palanque, no mesmo discurso e com a mesma disposição de reconstrução do projeto Brasil”.