O que acontece quando o dinheiro é dado diretamente às pessoas que vivem em condições precárias? Será que as crianças ficam mais nutridas? O dinheiro é gasto de maneira adequada? Será que as famílias ficam mais produtivas e independentes? Será que as economias ficam mais fortes? Essas são algumas das questões relacionadas à proteção social, tema do Dia Mundial da Alimentação 2015, comemorado no dia 7 de abril.
De acordo com a FAO, atualmente cerca de 70% da população mundial, não têm acesso às medidas adequadas de proteção social. Por esta razão, a organização vem intensificado seus esforços para ajudar os governos a incorporar a proteção social em estratégias e políticas nacionais de desenvolvimento. Algumas delas são de extrema importância como as cinco listadas abaixo:
Estes programas permitem que famílias adquiram alimentos mais diversificados, de qualidade superior. Desta forma, os programas de transferência de renda não funcionam apenas como uma rede de segurança, mas também aumentam o investimento em atividades econômicas domésticas.
Garantindo rendimentos básicos para a família, as crianças não precisam trabalhar para ajudar no orçamento doméstico. As famílias pobres, a partir dos instrumentos de proteção social, também podem comprar roupas e material escolar.
No campo, as famílias que são afetadas pelo HIV/Aids têm a sua capacidade de trabalho reduzida. Então, o dinheiro que seria gasto em fertilizantes e outros insumos é alocado para pagar medicamentos. Atividades de proteção social da FAO incluem sistemas de vales para, por exemplo, facilitar o acesso aos insumos agrícolas.
A pobreza pode ser reduzida permitindo, por exemplo, que as pessoas desfavorecidas protejam seus bens contra desastres, aumentem o acesso aos serviços públicos e investimento em saúde e a educação.
Esses programas têm demonstrado que o impacto da proteção social sobre a pobreza pode ser enorme, mas também que, mesmo os grandes programas, muitas vezes, custam menos de 0,5% do PIB. Em muitos países africanos, por exemplo, uma média de US$10 por mês é o suficiente para capacitar as famílias e, como consequência, toda a comunidade.