O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lembrou a péssima gestão da pandemia feita pelo governo Bolsonaro e disse que nunca mais se repetirá no país o descaso que ele teve com o povo do Amazonas, estado onde várias pessoas perderam a vida por falta de oxigênio nos hospitais para os casos graves de coronavírus.
“Nunca mais alguém morrerá por falta de oxigênio. Nunca mais. Foi uma falta de respeito com o povo do estado do Amazonas o comportamento do presidente da República. Foi uma falta de respeito ele, inclusive, na televisão imitando as pessoas morrendo afogadas fora d’água, em cima de uma cama”, disse.
Lula listou os erros do governo, como atraso na compra das vacinas em 45 dias e estímulo ao uso de remédios que não funcionavam. “Pelo menos metade das mortes que teve nesse país se deve à irresponsabilidade dele de brincar com a pandemia, de tentar vender remédio que não funcionava, de tentar enganar o povo vendendo remédio que não funcionava, de dizer para o povo que não era para tomar vacina e de ter o ministro Pazuello. Vocês sabem a festa que fizeram em Manaus em pleno caos da pandemia?”.
Respeito com o povo simples
Mais uma vez, o ex-presidente fez reconhecimento público da atuação do SUS no enfrentamento da pandemia e lembrou que, não fosse a dedicação dos funcionários do sistema único, o número de mortos certamente teria passado de um milhão. “Nós vamos fazer investimento no SUS porque o SUS merece muito respeito. Nós temos que homenagear sempre o SUS, os funcionários do SUS, e dizer para o estado do Amazonas que nós vamos investir em saúde porque o povo mais humilde, o povo mais simples precisa ser tratado com respeito na área de saúde”.
Lula lembrou de programas relevantes dos governos petistas para a área de saúde, como Mais Médicos e Farmácia Popular e lamentou a destruição das políticas pelo atual governo. Você deve estar lembrado do Mais Médicos o sucesso que foi. Todas as cidades do Amazonas tinham médico. Eles acabaram com o Mais Médicos. Nós tínhamos a Farmácia Popular que vendia 102 tipos de remédios de uso contínuo. Aquele remédio que as pessoas precisam mais. Remédio para pressão, remédio para diabetes, fraldão para pessoas da terceira idade. Tudo isso era dado de graça na farmácia popular e ele (o presidente Bolsonaro) acabou com isso, prejudicando a vida do povo.”