A beleza da democracia terá um local especial para ser apreciada nas suas mais diversas cores e formas durante a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. A exposição Brasil Futuro: as Formas da Democracia” será aberta em 1º de Janeiro no Museu Nacional da República, completando o trio de eventos que marcam as festividades deste dia em Brasília, ao lado das cerimônias formais da posse e do Festival do Futuro.
Obras de mais de uma centena de artistas visuais brasileiros de diferentes gerações, raças, gêneros e regiões do país estarão reunidas, formando um conjunto que representa os desafios da nossa democracia, a utopia do nosso projeto de presente e sonho de futuro.
É uma exposição para retomar nossa relação com a diversidade do povo brasileiros e com as muitas formas de lutas por direitos. Uma oportunidade de olhar o que vivemos e projetar o que ainda vamos viver a partir de um ponto de vista que reflete sobre os desencontros e tensionamentos históricos, ao mesmo tempo em que valoriza o espírito de união e o desejo de reconstrução do nosso país.
A curadoria é da historiadora Lilia Schwarcz, do arquiteto Rogério Carvalho, ex-curador dos acervos dos palácios do Planalto e Alvorada, e do secretário de Cultura do PT, Márcio Tavares, com a contribuição do ator Paulo Vieira.
A exposição será inaugurada às 10h do dia 1º de janeiro. Ficará aberta para visitação gratuita do dia 2 de janeiro até 26 de fevereiro, sempre de terça a domingo, das 9h às 18h30.
Brasil futuro: as formas da democracia traz trabalhos que desafiam formal e historicamente, e, em seu conjunto, os limites da nossa democracia.
A exposição será dividida em três núcleos:
Retomar símbolos
Todo país se imagina a partir de uma série de símbolos e emblemas – como a bandeira, o hino, as armas e os selos nacionais – que costumam aglutinar, na base da emoção, um passado comum e uma utopia no tempo presente. Por isso, eles dizem respeito à sociedade como um todo e não podem ser sequestrados por um grupo ou setor.
É na sua união, mas também na sua diversidade que tais representações patrióticas ganham sentido e amplitude. Nesse núcleo apresentamos releituras da bandeira nacional, símbolo máximo da nacionalidade, a partir da experiência de diferentes grupos, que, coletivamente, refazem suas identidades a partir de elementos e representações comuns.
A experiência democrática carrega um ideal de extensão da cidadania cuja ênfase recai sobre o direito de participar e opinar. Essa é uma espécie de franquia da cidadania que precisa se orientar sempre pelo critério de inclusão.
Descolonizar
Durante muito tempo a história brasileira foi contada a partir de uma única experiência europeia, masculina e colonial. Nesse núcleo, o tema da diversidade e da democracia aparecem expressos a partir da experiência de artistas provenientes de diferentes formações, raças, gerações, regiões, gênero e sexo.
A questão da política tradicional é igualmente questionada, tendo em mente diferentes momentos do passado autoritário do país. Se não restam dúvidas acerca da importância da imigração europeia e de seu papel central na formação do país, é preciso l também tratar dos muitos silêncios da nossa narrativa nacional. Lembrar de não esquecer!
Somos nós
É na diversidade que reside a riqueza do Brasil. No entanto, o país ainda luta com uma desigualdade estrutural e com uma democracia que acomoda secularmente persistente exclusão social.
Esse núcleo apresenta um retrato plural e vivo desse país, que precisa de um novo pacto pela democracia – conhecido como um regime que se pauta na capacidade de se autogovernar entre iguais.
Que o poder do povo seja soberano e que a democracia reine como um modo de vida e uma forma de estar em sociedade.
Veja quem são os artistas participantes da exposição:
- Adriana Varejão
- Antônio de Dedé
- Artur Pereira
- Aurelino dos Santos
- Bárbara Wagner
- Benjamin de Burca
- Conceição dos Bugres
- Dan Lannes
- Denilson Baniwa
- Desali
- Emmanuel Nassar
- Flávio Cerqueira
- Gustavo Caboco
- Jaider Esbell
- Jaime Lauriano
- João Carlos Horta
- João Cosme Felix
- João Loureiro
- José Adário dos Santos
- José Antonio Silva
- José Bento
- José Bezerra
- José Damasceno
- Lais Myrrha
- Larissa De Souza
- Lenora De Barros
- Lídia Lisbôa
- Lourival Cuquinha
- Luciano Figueiredo
- Luiz Braga
- Madalena Santos Reinbolt
- Maria Lira Marques
- Marilá Dardot
- Mario Ishikawa
- Mauro Piva
- Mauro Restiffe
- Mestre Guarany
- Miguel Rio Branco
- O Bastardo
- Paulo Nazareth
- Raphael Escobar
- Rivane Neuenschwander
- Rodrigo Bueno
- Rosana Paulino
- Sandra Gamarra
- Sidney Amaral
- Sonia Gomes
- Thiago Honório
- Thiago Martins De Melo
- Tiago Sant’ana
- Valeska Soares
- Véio
- Victor Fidelis
- Yacunã Tuxá
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