Proteção social é ferramenta eficaz para erradicar a fome

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A proteção social está emergindo como uma importante ferramenta para erradicar a fome, mas a grande maioria do mundo rural ainda não acessa esse benefício, de acordo com The State of Food and Agriculture 2015. Publicado nesta terça-feira (13), o relatório destaca que os regimes de proteção social oferecem às pessoas vulneráveis “a oportunidade de sair da pobreza extrema”.

Tais programas beneficiam atualmente 2,1 bilhões de pessoas nos países em desenvolvimento de diversas formas como a partir da transferência de dinheiro, da alimentação escolar e de obras públicas. Com a expansão dos programas, o documento ressalta que, como consequência, seria possível notar uma considerável redução no número de pessoas pobres.

Para o diretor-geral da FAO, José Graziano, os programas de proteção social permitem que as famílias tenham acesso a mais comida, além de ter impacto positivo sobre a nutrição infantil e eficaz no combate ao trabalho infantil. 

Apenas cerca de um terço das pessoas mais pobres do mundo possuem uma forma de proteção social e as regiões que menos recebem, geralmente, são aquelas que mais precisam como o Sul da Ásia e a África Subsaariana. A FAO estima que, globalmente, aproximadamente US$ 67 bilhões de dólares por ano sejam destinados para suplementos de renda, a maioria proveniente de programas de proteção social, o que representa menos de 0,10% do PIB mundial.

Pelo menos, 145 países fornecem uma ou mais formas de apoio social. Apesar dos benefícios, a proteção social não pode erradicar a fome e a pobreza rural sozinha. Por isso, o relatório indica a necessidade de combinar os investimentos públicos em proteção social, com investimentos públicos e privados nos setores produtivos da agricultura.