Nesta quinta-feira (27/09), o candidato a presidente pela coligação “O povo feliz de novo”, Fernando Haddad, esteve no Rio Grande do Sul, ao lado do candidato ao governo do estado Miguel Rossetto. “Tenho insistido em uma combinação virtuosa que vai tirar o país da crise: oportunidade de trabalho e educação. E o Rio Grande do Sul pode contribuir, porque tem sobra de talento aqui, é um estado desenvolvido e com um potencial enorme”, falou Haddad.
O candidato relembrou suas conquistas no estado, quando era ministro do ex-presidente Lula e criou o programa Caminho da Escola, em que compraram mais de 35 mil ônibus escolares. Boa parte desses ônibus foi produzida no Rio Grande do Sul, devido ao fato de Caxias possuir uma das maiores produtoras de carrocerias. Na metade sul do Rio Grande do Sul, encontram-se a UNIPAMPA, que levou emprego e oportunidade de educação, e os institutos federais, que são os maiores do Brasil.
“Eu vou dar um exemplo: a produção dos ônibus, o fórum naval e os estaleiros daqui da região estão todos parados. Tinha estaleiro aqui com mais de 20 mil postos de trabalho. Hoje, você não tem 500 trabalhadores. Está faltando usar o poder de compra do próprio governo federal para alavancar a produção local”. Como solução, Haddad diz que vai usar as compras governamentais para fazer novas encomendas para a indústria local e que, se não for dessa forma, o Rio Grande do Sul não conseguirá reativar sua indústria.
Haddad também falou com os jornalistas sobre a questão dos títulos eleitorais cancelados e disse lamentar a decisão, pois tem gente de boa-fé que pode ter perdido o prazo, mas que quer votar. “Às vezes, é uma pessoa que mora no campo, tem deficiência, é analfabeto, idoso ou trabalhador rural e não recebeu a informação no tempo certo. Tem várias situações no Brasil e, quando cassa o direito dessa pessoa votar, pode gerar uma frustração nessa pessoa”. O candidato afirmou estar preocupado com a perda do direito desse eleitor que não poderá votar no dia 07.