Durante o debate promovido pela Rede Record, Fernando Haddad (PT) perguntou a Guilherme Boulos (PSOL) sobre candidatos que se dizem moderados, como Alckmin e Meirelles, mas que na verdade dão sustentação a um governo ilegítimo que retira direitos, que implementou o teto de investimentos públicos e a reforma trabalhista.
Haddad afirmou que seu governo irá revogar as reformas arbitrárias de Temer e do PSDB, por meio de forças democráticas, com diálogo com o povo.
“Foi Lula que se comprometeu a acabar com a fome no Brasil. É pela democracia e com o diálogo com o povo que o Brasil vai voltar a colocar o pão na mesa”, disse Haddad.
Plano de governo
Haddad se comprometeu em seu Plano de governo a revogar esses absurdos desmontes. Não é possível governar o Brasil nessa crise sem revogar as medidas que atacam a soberania nacional e popular, impostas pelo governo ilegítimo de Temer e sua maioria parlamentar golpista liderada pelo PSDB.
- Revogar a Emenda Constitucional 95, que impõe uma ortodoxia fiscal permanente com um teto declinante nos gastos públicos por 20 anos.
- Revogar a reforma trabalhista de Temer, substituindo-a pelo Estatuto do Trabalho, produzido de forma negociada.
- Suspender a política de privatização de empresas estratégicas para o desenvolvimento nacional e a venda de terras, água e recursos naturais para estrangeiros.
- Recuperar o Pré-Sal para servir ao futuro do povo brasileiro, não aos interesses de empresas internacionais.
- Revogar a reforma do ensino médio implantada pelo governo golpista, que estabeleceu que uma parcela importante da grade curricular seja ofertada na modalidade de ensino à distância.
- Ao introduzir a terceirização irrestrita, aprovar a reforma trabalhista e impor um cardápio de contratos precários de trabalho, o governo golpista desequilibrou as relações entre capital e trabalho, em favor dos empresários, e precarizou ainda mais o trabalho. Além das medidas emergenciais para a geração de empregos e a reversão do legado golpista, será preciso discutir o futuro do trabalho e a geração continuada de empregos de boa qualidade e remuneração. Para isso, se faz fundamental promover um amplo debate com a sociedade acerca das relações trabalhistas do futuro, em uma economia que crescentemente se concentra no setor de serviços e demanda novas formas de organização e regulação.