Fernando Haddad recebeu um importante apoio, na manhã desta terça-feira (2/10), em sua visita ao Rio de Janeiro. Diversas entidades ligadas à saúde se reuniram, na Fundação Oswaldo Cruz, para entregar ao candidato um conjunto de cartas com reivindicações da área. E, como resposta, Haddad assumiu o compromisso de investir 6% do PIB em saúde.
No evento, os ex-presidentes da Fiocruz homenagearam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Entregamos esse documento dirigido ao Lula, que teve em toda a sua trajetória um olhar especialíssimo a tudo que é caro a nossa instituição, um projeto nacional de ciência e tecnologia, um olhar inclusivo, uma visão da saúde como central para o desenvolvimento do país. Em solidariedade a Lula e àquele que carrega esse legado e projeta para o futuro, estamos entregando nosso reconhecimento profundo da justiça ao presidente Lula”, afirmou o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha.
Os ex-presidentes da Fiocruz e os representantes de várias entidades das sociedades científicas, como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), os representantes dos trabalhadores da saúde e o sindicato dos médicos, entregaram cartas de reivindicações a Haddad. Com pequenos discursos, todos mencionaram a importância da valorização do SUS e da democracia.
Antes do candidato da coligação “O povo feliz de novo” falar, Ana Estela Haddad pediu a palavra para falar de sua emoção pela recepção, tanto do lado de dentro como do lado de fora da Fundação. “Me sinto muito parte dessa militância pela saúde. Saber que o SUS e a Fiocruz têm esse patrimônio que somos todos nós. É maravilhoso saber que a gente não está sozinha, que está acompanhada de todos vocês”, disse ela, que é dentista e professora de odontologia.
Haddad afirmou que gostaria de ser bastante concreto em sua proposta, até mesmo para ser cobrado depois. Ele disse que fará os investimentos em saúde chegarem a 6% do PIB. “Faço um compromisso aqui, que tem a ver com minha trajetória na educação. Quando eu assumi como ministro, os investimentos estavam em 3,5% do PIB, ou seja, cerca de 30% ou 40% menos que os países do OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). E, quando eu deixei o ministério, o país investia mais de 6%. Isso foi o que permitiu a expansão das oportunidades educacionais, educação superior, inclusiva, profissional, infantil etc.”, disse. “E, no nosso programa de governo, e isso vale para a Fiocruz e para o SUS, em geral, nós temos a meta de chegar a 6% do PIB de investimento em saúde”.
Ele afirmou que isso não significa que não se vai buscar mais recursos ainda para a área. “Mas tem que ter um primeiro horizonte. Porque a demanda é brutal, e o SUS é o que temos de mais avançado. Então, vamos atuar na gestão, inclusive em tecnologia, mas temos que colocar um recurso novo até pra melhorar a eficiência. Como se vão erradicar epidemias sem investimentos em pesquisa?”, disse ele, ressaltando o compromisso de “quem fez na área de educação vai fazer o mesmo na área de saúde”.