Embaixador da África do Sul visita Instituto Lula e se diz impressionado com programas sociais brasileiros

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O embaixador da África do Sul no Brasil, Mphakama Mbete, e o vice-cônsul, Onassis Tloubatla, visitaram na manhã desta terça-feira (30) a sede do Instituto Lula, em São Paulo. Os diplomatas sul-africanos conversaram com Celso Marcondes, coordenador executivo da Iniciativa África, para conhecer melhor o trabalho do Instituto, especialmente nas áreas de educação, agricultura e cooperação internacional. O embaixador disse que considera “impressionantes” os resultados das políticas sociais que transformaram o Brasil, como o Bolsa Família, ProUni, Agricultura Familiar e Luz Para Todos. Um dos objetivos do Instituto Lula é compartilhar as experiências dos dois mandatos do ex-presidente Lula, especialmente com a África e a América Latina.

Na última década, o continente africano cresceu num ritmo acelerado, de mais de 5% ao ano, o que abriu diversas oportunidades em setores estratégicos, como energia, transportes e infra-estrutura. Por outro lado, vários países do continente continuam enfrentando sérios problemas com a extrema pobreza e a insegurança alimentar. O embaixador Mbete revelou que a África do Sul está a procura de investimentos internacionais em diversas áreas, mas que poucos países têm condições de ser verdadeiros parceiros. “O trabalho que vocês fizeram no Brasil foi impressionante. As relações que queremos agora não são mais as do colonialismo ou do neocolonialismo. O que ouvimos aqui no Instituto mostra o caminho para verdadeiras parcerias”.

Pida – Programa para Desenvolvimento das Infraestruturas na África
Sob o lema “Interligar, integrar e transformar um continente”, o Pida foi lançado no ano passado para incentivar investimentos nas obras prioritárias para o continente africano. Esse programa mapeou os projetos mais importantes nas áreas de energia, transporte e água. Embora seja difícil projetar com precisão o custo da implementação do Pida até 2040 (estima-se em mais de US$ 360 bilhões), os planos prioritários, para serem executados até 2020, estão orçados em cerca de US$ 68 bilhões. Desde o lançamento do programa, vários países iniciaram obras no continente, notadamente a China. Mas o Brasil também tem uma participação crescente em diversas obras. O presidente Lula, em seus dois mandatos, fez 33 viagens à África e foi um grande incentivador do estreitamento de relações com o continente. Ele estimulou empresários a viajar, conhecer e investir na África. As trocas comerciais entre Brasil e os países africanos passaram a ser significativas. Fora do governo, no Instituto Lula, o ex-presidente continua a incentivar investimentos brasileiros em infra-estrutura na África, defendendo o uso de mão-de-obra local e transferência de tecnologia. Não à toa, ele ainda hoje é recebido com carinho e deferência por vários chefes de estado africanos. Recentemente o bilionário Mo Ibrahim, um dos pioneiros da revolução dos celulares no continene africano, definiu Lula como “um verdadeiro amigo da África”.

Seminário na União Africana
Nos dias 30 de junho e 1º de julho, a União Africana, a FAO (Organização da ONU para Agricultura e Alimentação) e o Instituto Lula organizarão o seminário “novos enfoques unificados para acabar com a fome na África”. O encontro vai reunir governantes, acadêmicos e orgnizações de todo o mundo ao redor do tema da insegurança alimentar. A proposta é estimular uma maior coordenação entre os principais atores africanos e também de outros países.

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