Bolsonaro quer censurar o jornal Folha de S.Paulo, um dos maiores do país. Alegando “abuso de poder econômico”, o candidato do PSL alega que o jornal beneficiou a candidatura de Fernando Haddad por meio de reportagem que denuncia a rede paga de mensagens de WhatsApp de sua campanha, que propagam fake news contra Haddad e Manuela D’Ávila. Para tentar embasar sua tese, a peça jurídica utiliza-se de fontes e portais de internet repetidamente acusados de veicular – adivinhem – fake news.
Neste sábado (27/10), o candidato Jair Bolsonaro (PSL) e a coligação Brasil Acima de Tudo, Deus Acima de Todos entraram com ação de investigação judicial eleitoral com pedido de liminar contra o presidente da Folha, Luiz Frias, a diretora de redação do jornal, Maria Cristina Frias, e a jornalista Patrícia Campos Mello. Também são alvos da ação os candidatos da Fernando Haddad e Manuela D’Ávila, candidatos da coligação O Povo Feliz de Novo.
Sob pretexto de abuso de poder econômico, Bolsonaro quer impedir a liberdade de imprensa no Brasil. O alvo específico da ação é a reportagem ” Empresários bancam campanha contra o PT pelo WhatsApp”, publicada na Folha de S. Paulo.
A peça jurídica ataca diretamente a jornalista autora da reportagem, utilizando-se de vídeos nitidamente editados e de portais de internet diversas vezes processados por veicularem fake news, como o Jornal da Cidade e o República de Curitiba. É óbvia a falta de apreço de Bolsonaro e de sua campanha pela verdade e pela própria Justiça.
Em nota, a assessoria de imprensa do PT afirmou que: “o Partido dos Trabalhadores denuncia a tentativa de censura contra a Folha de S.Paulo, a intimidação de jornalistas daquele veículo e a farsa jurídica montada pela campanha do deputado Jair Bolsonaro neste sentido.
O deputado deixa claro, mais uma vez, que não está preparado para conviver num ambiente de democracia, liberdade de imprensa e de expressão. ”
