Realizou-se nesta sexta-feira (17), na Embaixada do Brasil em Buenos Aires, o encontro “Desafios Brasil-Argentina: Desafio para a integração regional”. Com realização do Instituto Lula e do Conselho Latino-americano de Ciências Sociais (CLACSO), o evento reuniu intelectuais, políticos, empresários e outras personalidade argentinas para debater a integração latino-americana. Entre os presentes nomes como: Emir Sader, Daniel Filmus, Bernardo Kosakoff, Martín Granovsky, Pino Solanas e Jorge Taiana.
Em sua fala inicial, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou que sua preocupação com a integração não acabou com o seu mandato. Ele apontou dois caminhos centrais para consolidar esse processo: construir uma doutrina da integração, uma base teórica para defender a integração, ao tempo em que criamos instituições multilaterais na região.
O diretor do Instituto Lula e coordenador da Iniciativa América Latina, Luiz Dulci, falou dos encontros que foram feitos pelo Instituto Lula com intelectuais e movimentos sociais para discutir o tema da integração e também falou da intenção de reunir empresários, artistas e atletas para debater o tema. Para Dulci, o objetivo desses encontros é “construir um pensamento estratégico sobre a integração” e também tornar o tema mais próximo da população. “O resultado da elaboração desse pensamento estratégico será colocado à disposição dos organismos multilaterais e governos da região”, afirmou ele.
A rodada de falas dos convidados abordou temas como a necessidade de construir pisos de direitos sociais comuns e políticas de combate à fome. A questão da cooperação educacional também esteve em pauta juntamente com a questão do envolvimento dos diversos setores sociais na integração.
As assimetrias da região foram levantadas como uma séria questão a ser enfrentada e a nova configuração da geopolítica mundial também foi citada em várias falas. A visão geral é que a integração é a única forma de enfrentar os desafios do mundo globalizado.
Lula fechou a reunião falando da felicidade de ter realizado um encontro de tão alto nível. Lula falou da importância de consolidar os avanços e criar novas instituições, como o parlamento sul-americano, para não permitir que haja retrocessos.