O vice-presidente Hamilton Mourão, ontem em discurso para empresários na FIESP, em São Paulo, citou o conceito das “Quatro Liberdades”, de Franklin Delano Roosevelt, como modelo para o fim do mandato dele com Bolsonaro. Mas Lula foi o único brasileiro que ganhou, da Fundação Roosevelt, justamente pelo seus mandatos como presidente, o prêmio “Four Freedoms” (Quatro Liberdades), das mãos do primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, em 2012.
Lula ganhou o prêmio como reconhecimento do seu trabalho como presidente do Brasil em favor das quatro liberdades – a liberdade de expressão, a liberdade de religião, a liberdade de querer e a liberdade de não sentir medo. Lula respeitou a liberdade de imprensa, mesmo sendo atacado, respeitou as diferentes religiões no Brasil e no mundo e deu condições para que milhões de pessoas vivessem com mais dingidade. O Brasil ao fim do seu mandato não vivia o clima de ódio político e religioso que existe hoje.
Enquanto Mourão diz querer atingir esses objetivos em um governo bagunçado, confuso e de péssima imagem internacional, só é vice porque Lula, que foi reconhecido internaiconalmente e nacionalmente como bem sucedido na sua presidência, foi impedido de concorrer por uma farsa judicial e contra uma determinação da ONU.
Abaixo o vídeo (em inglês) da cerimônia de premiação em 2012, na qual Lula não pode comparecer por estar se recuperando de um tratamento contra o câncer. O então primeiro-ministro Holandês fala da trajetória de Lula e como ela ajudou o Brasil a reconquistar a democracia e reduzir a pobreza a a desigualdade. “A determinação de Lula de livrar o Brasil da miséria e da pobreza e injustiça social foi uma inspiração para pessoas no mundo todo.”