O Tribunal Regional Federal da 4ª Região devolveu o direito de Lula de receber visitas religiosas. O ex-presidente poderá receber uma vez por mês representantes religiosos de sua escolha. Em janeiro, a juíza federal Carolina Lebbos Moura retirou esse direito e proibiu Lula de receber visitas de líderes religiosos às segunda-feiras, mantendo apenas as visitas tradicionais às quintas-feiras.
Nesta sexta-feira (4), para inaugurar a volta das visitas religiosas, esteve em Curitiba o padre Domenico Costella, representante católico da Congregação dos Xaverianos. Após a visita, o padre foi até a Vigília Lula Livre para dar um recado de Lula. “Ele agradeceu a todos que estão aqui dando apoio moral e ele fica comovido em saber que toda hora tem gente aqui fora lutando pela liberdade dele”.
Costella também comentou sobre a conversa entre eles. “Nós batemos um papo, eu o cumprimentei pelo recebimento do título de cidadão honorário de Paris. Ele falou mais uma vez que não vai barganhar sua dignidade com subterfúgios jurídicos.”
O padre afirmou que Lula está melhor que ano passado, quando o visitou pela primeira vez, revelando que o ex-presidente segue firme e forte lutando por justiça. “É claro que dá revolta, mas vamos torcer para que ele possa ganhar a liberdade e que a justiça faça justiça e não juízo político. Ele é um preso político, todo mundo já sabe disso, sobretudo depois da Vaza Jato.”
Por fim, Costella diz para que todos mantenham a esperança. “Que logo ele possa andar pelo Brasil para salvaguardar a riqueza do nosso país. A maior riqueza do nosso país é o nosso povo, de todas as raças e todas as línguas. E vamos lembrar que Lula sempre mostrou profundo respeito pelo povo brasileiro.”
Luiz Inácio Lula da Silva já recebeu visitas de representantes de diversas religiões, demonstrando que é querido por todos e que respeita genuinamente a diversidade de religiões existentes no Brasil. Alguns nomes como Monja Cohen, Pai Caetano de Oxóssi, Frei Sérgio Görgen, Rabino Jayme Fucs e Pastor Ariovaldo Ramos já estivem na sede da Polícia Federal em Curitiba para conversar com o ex-presidente.