O presidente de Gana, John Dramani Mahama, se encontrou neste quinta-feira (17) com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Instituto Lula.
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Mahama presenteou Lula com o seu livro, “Meu primeiro golpe de Estado”, que ele veio lançar no Brasil na Bienal de Brasília, e conta a história das dificuldades da sua família, perseguida pelo golpe militar de Gana.
Lula e Mahama conversaram também sobre a cooperação entre Brasil e Gana. O país africano tem um grande interesse em apoio para investimentos e transferência de tecnologia brasileira no setor agrícola, especialmente na produção de soja, milho e arroz, para ampliar a produção de alimentos. Apenas com importação de arroz, Gana gasta R$ 400 milhões de dólares por ano, já que 70% deste alimento consumido no país é importado. Brasil e Gana estão próximos também de fechar um acordo do programa Mais Alimentos, já aprovado pelo Brasil, para a compra de tratores e máquinas agrícolas brasileiras.
Outro projeto importante para Gana é uma ferrovia para ligar dois portos do país para projetos de mineração de bauxita e manganês.
Lula defendeu a importância da União Africana, que congrega todos os países africanos, promover uma reunião com bancos de desenvolvimento e empresas sobre o PIDA (Programa para Desenvolvimento das Infraestruturas na África), para viabilizar os projetos de energia, transportes e comunicações necessários para o desenvolvimento e combate a pobreza no continente.
Os dois irão se encontrar de novo em menos de um mês, em Abuja, na Nigéria, no Fórum Econômico Mundial sobre a África, de 7 a 9 de maio.
E Mahama retronará em breve ao Brasil para a Copa do Mundo, onde irá assistir a estreia da seleção de Gana, em Fortaleza, nos Estados Unidos. “Nosso grupo é o chamado ‘Grupo da Morte’”, comentou Mahama sobre a difícil chave de Gana, que além dos Estados Unidos também tem Alemanha e Portugal. Devem vir ao Brasil cerca de dois mil turistas ganeses para acompanhar a Copa do Mundo.
Leia a dedicatória escrita por Mahama para Lula:
“Muito obrigado meu irmão por ser um amigo e uma pessoa que acredita no potencial da África. Aceite minha mais alta estima por todo seu apoio e amizade com meu país, Gana.”
Saiba mais:
Encontro anterior de Lula e Mahama, em Acra, em 15 de março de 2013