Lula: Se querem me acusar, terão de provar

Compartilhar:

Em seminário sobre o futuro do país, promovido pela Contraf-CUT, no Sindicato dos Bancários de São Paulo, Lula lembrou da intensa campanha de difamação jurídico-midiática contra ele e afirmou que essa perseguição política tem como finalidade tirá-lo da disputa eleitoral em 2018. 

“Se o objetivo de tudo isso é me tirar de 2018, isso não era necessário, a gente escolheria outro candidato mais qualificado, mas essa provocação me dá uma coceira”, diz. 

Lula começou sua fala mencionando a denúncia da 10ª Vara da Justiça Federal de Brasília e reafirmou que não existe nenhuma acusação fundamentada contra ele. “Se querem me acusar, terão de provar”. 

Lula disse ainda que o país vive hoje “uma situação vergonhosa”, com o golpe do impeachment, depois de ter alcançado importantes conquistas nos últimos anos. Ele voltou a dizer que o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff é resultado de “uma vingança política”.

O seminário foi palco do lançamento do livro “O Brasil que Queremos”, editado pela Contraf-CUT em parceria com a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). A ex-ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, recordou que nos governos Lula e Dilma houve de 82% no índice de pessoas em situação de fome. A pobreza crônica caiu de 8,2% (em 2003) a 1% (em 2015), segundo dados do Banco Mundial. “Temos que continuar sonhando, porque fizemos o que parecia impossível”, concluiu Tereza Campello.

Diante de um auditório com mais de mil pessoas, Lula começou seu discurso seguindo o tema do seminário: “Provamos que é possível construir o Brasil que queremos”. “Mas vivemos uma situação anômala no Brasil”, referindo-se ao processo de impeachment. “Não há momento mais vergonhoso na história do país”, afirmou, relembrando a votação do impeachment na Câmara dos Deputados.

 O ex-presidente enumerou as medidas tomadas durante seu governo para garantir crédito e bancarização da população mais pobre. “É muito fácil a gente construir um país melhor se a gente ouvir e conversar com os mais pobres”, disse.