Em nova eleição, Lula é eleito presidente do Sindicato, com 92% dos votos, e assume o desafio de liderar uma categoria imensa, com cerca de 100 mil operários e em nítida expansão. Popular e bom negociador, Lula é apoiado por metalúrgicos de diferentes tendências políticas. A chancela do presidente anterior, Paulo Vidal, que integrou a chapa na função de secretário-geral foi essencial para sua eleição. Como Lula era péssimo orador, Vidal imaginava que, na prática, continuaria dando as ordens. Na posse, Lula lê um discurso no qual faz críticas tanto ao capitalismo quanto ao socialismo, qualquer regime que tolhesse a liberdade dos cidadãos, algo pouco comum nos tempos polarizados de Guerra Fria.