Se o pequeno produtor tiver incentivo do Estado esse país jamais passará fome

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“Quando tomei posse em 2003 muita gente achou que eu ia fazer um discurso revolucionário… Eu fui lá e disse: “Se ao final do meu mandato cada brasileiro puder tomar café da manha, almoçar e jantar, terei cumprido a missão da minha vida”.

Comer é sagrado. Eu sei o que é uma mãe não ter um pão, um copo com leite, pra oferecer pro filho. E enquanto tem gente pagando milhões de dólares pra ir ao espaço, milhões de pessoas morrem de fome no mundo, sobretudo crianças. Isso é inadmissível. Não existe mais explicação pra tanta gente passando fome no Brasil.

Se o pequeno produtor tiver incentivo do Estado esse país jamais passará fome. Quando estávamos no governo a agricultura familiar tinha preferência. Criamos uma dezena de programas com trabalhadores rurais como o PAA. Não só pra garantir a produção, mas também a distribuição.

O grande exportador de alimento não come o que ele mesmo produz. Quem produz o que vai pra mesa dele é o pequeno e o médio produtor brasileiro. Essa gente precisa ser valorizada.O povo brasileiro ainda vai reconhecer o trabalho milagroso da agricultura familiar quando ela tem suporte do governo.

E ao invés do presidente da República ficar fazendo motociata, ele deveria visitar um assentamento dos sem terra pra ver se ele aprendia alguma coisa. Essa visita me fez lembrar que outro Brasil é possível. As pessoas ainda são capazes de não perder o sentido humanista e fraterno da sociedade.O Brasil não merece sofrer o que está sofrendo. E essa não é uma briga eleitoral. Não é uma briga de um homem querendo pegar o lugar do outro. É uma briga em defesa do nosso país. Da nossa soberania. É, sobretudo, em defesa do nosso povo. Nossa tarefa é tirar esse cidadão da Presidência. Vamos recuperar o direito de ser feliz nesse país.”, Lula.

Foto: Ricardo Stuckert