Hoje, 19 de Novembro, é celebrado o Dia do Cordelista, aquele que traz em si as ferramentas para contar as histórias do homem e da mulher do sertão nordestino e da humanidade. A literatura de cordel é uma expressão literária que teve origem em Portugal e foi popularizada no Brasil em meados do século XVIII. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com sua história de vida e seus feitos como presidente do Brasil, é personagem recorrente de cordéis pelo país.
O dia foi criado em homenagem ao aniversário de Leandro Gomes de Barros, paraibano do Alto Sertão, que serviu que inspiração para clássicos como O Auto da Compadecida. Gomes de Barros tem uma obra estimada em mais de mil folhetos publicados e é conhecido como o maior poeta popular do Brasil de todos os tempos. Ele era responsável pela produção e divulgação das obras e fazia com que percorressem todo o país.
“Essa história que escrevi / Não foi por mim inventada / Um velho daquela época / Tem ainda decorada / Minha aqui só são as rimas / Exceto elas, mais nada.”
O poema escrito é para ser falado e quem ajuda a divulgar essa arte são os repentistas que saem recitando, tocando violão e cantando. O cordel é um gênero literário em versos, trata de temas populares e da cultura popular brasileira em linguagem popular oral. As histórias contadas nos cordéis são os causos do típico homem do sertão nordestino. O enredo é composto por um problema que afeta o herói, que passará por um conflito. Hoje, a Literatura de Cordel é Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro.
Lula é figura recorrente na literatura de Cordel. Há livros só de poemas em cordel reunidos em sua homenagem (Lula na Literatura de Cordel, de Crispiniano Neto), livros que contam sua história ( A História do Presidente Lula Em Cordel, de Lima Rodrigues),cordéis como Antes do Lula e depois do Lula, de Hedezyo Maia, poemas em formato de cordel de Maviael Melo e muitos outros.