Lula incentiva a participação dos jovens no processo político

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Durante a entrevista coletiva para youtubers e membros da mídia alternativa na última terça, 26, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que é imprescindível que os eleitores mais jovens tenham atuação para poderem melhorar o mundo em que irão viver nos próximos anos.

“Você não tem outro jeito de mudar o mundo se não for através da política, percebe? Então nós temos que tentar mudar o mundo fazendo política, se eu não gosto de ninguém eu vou gostar de mim mesmo, eu vou fazer política. Essa é a mensagem que eu tenho tentado passar para a juventude”, afirmou Lula. “Vá fazer política, vá defender suas ideias, vá para o debate, porque assim você vai construir um novo político, não se afastando”.

Para o ex-presidente, a internet deu às pessoas a possibilidade de serem ouvidas, formarem e expressarem suas próprias opiniões. Nesse contexto, é necessário ajudar os jovens a desenvolverem suas consciências em relação à política como fator de transformação para o mundo.

“Se a gente está falando e a pessoa que está nos ouvindo não está nos compreendendo ou não está sendo convencida por aquilo que a gente falou, nós precisamos procurar outros argumentos e outras narrativas para contar. O que eu acho maravilhoso da internet é que ela transformou o ser humano. Hoje o cara não é obrigado a acreditar no que ele ouve. Se ele for uma pessoa boa, que estiver bem preparado, bem formado, bem politizado, ele pode contribuir muito para politizar outras pessoas. Essa é a nossa tarefa”, ressaltou.

Lula voltou a contar sobre sua juventude, quando tinha pouco interesse por política, e como isso mudou ao longo de sua vida. “Eu, com 20 anos, era o chamado ignorante, sabe o analfabeto político? Só gostava de esportes, só queria saber do Corinthians. Meu irmão estava no sindicato, eu falava ‘ah, você é comunista’. Eu levei um tempo para virar o que eu virei. Então, nós temos que  dar uma chance para as pessoas que não entendem. Ao invés de ficarmos bravos com elas, nós temos que tentar fazer elas nos entenderem”, concluiu.