Ao receber o apoio do Rede Solidariedade para as eleições presidenciais de 2022, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender o legado de seu governo na educação e disse que a área é o principal investimento que o país precisa fazer para garantir um futuro melhor para os brasileiros. O encontro aconteceu no início da tarde de hoje, 28, Dia Mundial da Educação, em Brasília.
“Você não tem que discutir se você tem ou não dinheiro para investir na educação, a educação é o mais importante investimento que você tem que fazer no país. Não existe exemplo de algum país que se desenvolveu sem antes investir na educação, sem antes investir no conhecimento. Provamos que é possível criar condições para colocar os filhos das pessoas mais pobres na universidade”, afirmou.
Falando sobre os governos do PT, entre 2003 e 2016, quando novas universidades e centenas de institutos federais levaram a educação superior para milhões de pessoas em todo o Brasil, o ex-presidente falou sobre as pessoas que tiveram, pela primeira vez, a chance de buscar uma qualificação profissional.
“A coisa que mais me dá orgulho é a quantidade de gente que me encontra e me fala: ‘obrigado, Lula, eu sou a primeira pessoa na minha família a ter um diploma universitário’. E eu sei o valor do diploma. Eu fui o primeiro de oito filhos a ter um diploma primário, o primeiro a ter um diploma de torneiro mecânico e por causa desse diploma eu fui o primeiro a ter um emprego decente, fui o primeiro a ter uma casa, o primeiro a ter uma televisão, o primeiro a ter um carro, o primeiro a ter uma geladeira. Por quê? Porque eu tive a possibilidade de aprender uma profissão”, disse.
Lula lembrou que, apesar de não terem se formado em universidades, ele e seu vice, José de Alencar, deixaram um legado na educação brasileira.
“Por isso que eu sempre digo que tenho orgulho. Eu fui o primeiro presidente da República sem diploma universitário, o José Alencar o primeiro vice sem diploma universitário, e nós vamos passar para a história como a dupla que fez mais universidades na história deste país. O PT encontrou este país com 3.5 milhões de estudantes universitários e deixou com 8,5 milhões e é muito pouco, um país do tamanho do Brasil, que tinha que ter pelo menos 30 a 40% de seus jovens nas universidades”, ressaltou.