No dia do caminhoneiro, Diesel é mais caro que gasolina

Compartilhar:

30 de junho é uma das três datas em que celebramos, no Brasil, o dia dos caminhoneiros. Profissionais fundamentais para garantir o funcionamento do país e manter a roda da economia girando, motoristas de caminhão são celebrados nos dias 30 de junho (que é oficialmente o dia dos caminhoneiros no estado de São Paulo), 25 de julho (que é o dia de São Cristóvão, padroeira da categoria) e 16 de setembro, data nacional criada por lei em 2009, durante o governo de Lula. Não há nada a comemorar: em junho, o preço do diesel aumentou 10% e superou o preço médio da gasolina.

Por falar em Lula, ao longo dos 8 anos em que esteve à frente da presidência, o diesel aumentou só R$ 0,48. O aumento médio anual foi de apenas 3,93%

A crise econômica e o caos instalado no país levam os combustíveis às alturas:o preço médio do ticket ficou em R$ 7,87 em junho, contra R$ 7,56 da gasolina, segundo o Índice de Preços Ticket Log. Caminhoneiros e a população em geral – com o diesel caro, o frete fica mais caro e, como consequência, a comida fica mais cara – é que paga a conta.

Com Bolsonaro e sua recusa em reverter a PPI (Política de Paridade Internacional), o combustível que movimenta o Brasil já dobrou de preço nos últimos 3 anos. Em janeiro de 2019, o litro do combustível custava, em média, R$ 3,43. Em junho de 2022, apenas três anos e meio depois, o combustível custa R$ 6,89 – um surpreendente aumento de 100,87%! O aumento médio anual do diesel, com Bolsonaro, chega a 28,82%. E, na média, o diesel custa 95% do preço da gasolina em junho, no Brasil de Bolsonaro.

Em 8 anos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no governo, os preços dos combustíveis se mantiveram estáveis, mesmo com a crise econômica mundial de 2008. O óleo diesel, por exemplo, só aumentou R$ 0,48 entre janeiro de 2003 e dezembro de 2010, segundo dados da ANP.

Em janeiro de 2003, no início do governo Lula, o litro do diesel custava R$ 1,52. Mesmo após a alta recorde do barril do petróleo na crise econômica mundial de 2008, Lula manteve o preço dos combustíveis controlados e, em 2010, o combustível chegou a R$ 2,00, 76% do preço da gasolina.

Isso só foi possível porque existia compromisso do governo com o povo, vontade política, equipe técnica capacitada e fortalecimento da Petrobras – receita que levou, inclusive, à descoberta do Pré-Sal em 2007.

A descoberta de amplas reservas de petróleo e gás natural no governo Lula, em 2006, abriu espaço para um aumento expressivo da produção petroleira do Brasil. Decisão política do governo Lula permitiu que a Petrobras investisse em tecnologia e expertise para exploração do pré-sal, área que gerava receio em outras empresas petroleiras por sua complexidade.  A produção diária de petróleo no pré-sal chegou a 1 milhão de barris por dia em 2016.

Os números não mentem. Nas mãos de Lula, que enxerga a estatal como um caminho para o desenvolvimento econômico e fortalecimento da soberania nacional, o combustível custava menos e o país enriquecia. Com um governo que sonha em depredar um patrimônio nacional, a escalada no preço dos combustíveis prejudica a cadeia econômica e leva o país ao caos.