Em coletiva após encontro com a Federação Única dos Petroleiros (FUP), nesta quinta, 30, Aloizio Mercadante, presidente da Fundação Perseu Abramo e coordenador do Programa de governo do movimento Vamos Juntos pelo Brasil, da chapa Lula-Alckmin, destacou mudanças na política de preços da Petrobras e retomada de investimentos em refinarias e fábricas de fertilizantes como prioridades num eventual novo governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Junto com outros integrantes da coordenação do programa de governo do movimento que reúne PT, PSB, PSOL, Rede, PC do B, PV e Solidariedade, Mercadante participou de encontro no Rio de Janeiro para discutir sugestões dos trabalhadores do setor de óleo e gás para o programa que está sendo construído com participação popular.
Além de receber sugestões por meio de plataforma digital, a equipe responsável pelo programa Juntos pelo Brasil promove encontro sobre temas centrais com entidades de interesse. Da FUP, recebeu relação de propostas que os trabalhadores do setor de óleo e gás consideram prioritárias de serem implementadas num eventual novo governo do PT. Elas serão analisadas pela comissão.
Há sugestões como política de preços justa, integração da Petrobras a ferramenta de desenvolvimento regional, parque de refino e abastecimento nacional, manutenção do modelo de partilha de produção e interrupção do processo de privatização da estatal.
A valorização da Petrobras, a retomada da cadeia industrial do petróleo e a questão dos preços dos combustíveis, que estão descontrolados no governo Bolsonaro, são temas centrais do programa.
Diálogos pelo Brasil
As prioridades para o setor de óleo e gás, a partir das diretrizes do programa Juntos pelo Brasil, também foram objeto de debate, na quarta-feira, 29, à noite, no segundo encontro da série “Diálogos pelo Brasil”, promovida pela Fundação Perseu Abramo. Participaram o ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli, a ex-diretora-geral da ANP Magda Chambriard, o sindicalista José Maria Rangel e o professor da UFRJ Rodrigo Leão.
Em sua fala, Gabrielli destacou que a situação do setor de óleo e gás é muito complexa e que há muitos desafios de reconstrução e transformação, dado o desmonte promovido pelo atual governo. Os demais participantes destacaram prioridades como reconhecimento da importância do setor para a soberania e a segurança energética, envolvimento da sociedade nesse debate sobre modelo energético, política de preços e importância da energia para a segurança nacional.