Durante entrevista, na manhã de hoje, 1º, para a rádio Metrópole, de Salvador (BA), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que pretende fazer um grande programa de infraestrutura para reconstruir o país e transformar o Brasil em uma economia forte novamente, caso volte a governar. Ele também disse que conta com a ajuda de todas as partes da sociedade para conseguir tirar o país da crise econômica e social em que se encontra.
“Quero reunir os governadores e nós vamos fazer um grande programa de infraestrutura para que a gente possa preparar o Brasil definitivamente para se transformar em uma grande economia e que não saia mais de ficar entre as oito maiores do mundo. O Brasil já foi a sexta, agora está a 13ª e nós precisamos fazer o Brasil crescer, para que ele volte a melhorar. Esse país é possível construir, o povo está sonhando com isso”, disse ele.
Para exemplificar o que pode ser feito com uma boa administração, Lula recordou as diversas realizações que os governos do PT trouxeram para a Bahia: “Nós fizemos 180 mil casas entregues no Minha Casa Minha Vida, 568 mil famílias beneficiadas no Luz Para Todos, foram 339 mil cisternas entregues na Bahia, porque para nós o que interessa é que as pessoas saibam que o povo brasileiro está bem”, ressaltou.
Infraestrutura para gerar emprego
Lançado no último dia 21, o programa Juntos Pelo Brasil traz, entre suas diretrizes, uma ênfase no investimento em infraestrutura para poder ampliar a oferta de empregos e aquecer a economia brasileira.
“O Brasil precisa criar oportunidades de trabalho e de emprego. Para isso, propomos a retomada dos investimentos em infraestrutura e em habitação; a reindustrialização nacional em novas bases tecnológicas e ambientais; a reforma agrária e o estímulo à economia solidária, à economia criativa e à economia verde inclusiva, baseada na conservação, na restauração e no uso sustentável da nossa biodiversidade. Também deve estender o apoio ao cooperativismo, ao empreendedorismo e às micro e pequenas empresas”, diz o plano.
Auxílio de governadores
Para ajudar nessa tarefa, o ex-presidente destacou os nomes de vários aliados, membros de uma nova geração de governadores, que podem ajudá-lo nesse projeto. Mas a ideia, segundo ele, é ir além e trazer para perto representantes de diversos setores da sociedade.
“Eu quero consertar este país, mas não vou consertar sozinho, vou precisar da ajuda do povo brasileiro. E nós temos uma turma de governadores novos, do Rui Costa (governador da Bahia) ao Camilo (Santana, ex-governador do Ceará), o Wellington Dias (ex-governador do Piauí), o Flávio Dino no Maranhão, o Renan Filho em Alagoas, que fez uma administração excepcional. Temos gente nova nas universidades, gestores extraordinários. Eu quero juntar toda essa gente. Cuidar do Brasil não é minha responsabilidade, é nossa, vou trazer todo mundo para governar este país. Vai ser uma revolução sem dar um tiro”, declarou.