Faltam 70 dias para o Brasil decidir entre o amor e o ódio, voltar a sonhar com um futuro de inclusão, dignidade e alegria, soltar o grito que está preso na garganta. E na contagem regressiva para o dia 2 de outubro, rememoramos um momento histórico do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos anos 70.
Foi nessa época que Lula fez um de seus mais marcantes discurso, revelando um ideal e uma meta que moveriam toda a sua trajetória política: “Que ninguém, nunca mais, ouse duvidar da capacidade da luta dos trabalhadores”.
No final da década de 70, em 1979, uma greve geral fez com que 200 mil metalúrgicos de São Bernardo, Diadema, Santo André e São Caetano cruzassem os braços para conseguir um reajuste salarial de 78,1%. Desafiando não só os patrões, mas também a ditadura militar, por duas semanas os trabalhadores mostraram sua grande força de organização.
A sede do Sindicato ficou pequena para tanta gente, e o povo seguiu para o estádio municipal da Vila Euclides. Na falta de palanque, Luiz Inácio Lula da Silva falou de cima de uma mesa de escritório usando um megafone. Quem estava por perto, repassava as palavras para os de trás e assim o encontro se deu.
“Que ninguém, nunca mais, ouse duvidar da capacidade da luta dos trabalhadores”, disse Lula dias depois, quando começariam a ser pagos os salários já com o reajuste negociado.
Mais de 40 anos depois, a frase ecoa com ainda mais força na voz do homem de 76 anos, o melhor presidente da história do Brasil. Hoje candidato à presidência pelo movimento Vamos Juntos pelo Brasil, que reúne 7 partidos políticos, além de centrais sindicais e movimentos sociais, e tendo ao seu lado Geraldo Alckmin como vice, Lula está mais disposto do que nunca para trabalhar e mostrar que o Brasil tem, sim, jeito, e que o povo trabalhador pode mais.
Como diz o mesmo Lula, agora em 2022: “O Brasil precisa voltar a ser um país generoso. Nós vamos nos multiplicar nas ruas, nós vamos continuar fazendo nossas passeatas, nossos atos públicos. Nós não precisamos brigar. A nossa arma é a nossa tranquilidade, o amor que temos dentro de nós, nossa arma é a sede que nós temos de melhorar a vida do povo brasileiro”.
A plataforma participativa “Juntos pelo Brasil” recebeu a maior participação popular da história da democracia brasileira: ao todo, foram mais de 13 mil propostas vindas de cidadãos comuns, movimentos sociais, coletivos de diversas origens, sindicatos e outras entidades.
Vamos juntos, faltam 70 dias!
