O mês de abril de 2022, com dois feriadões seguidos, deveria ter sido marcado pelos tradicionais churrascos em família. No Brasil de Bolsonaro, no entanto, a inflação galopante dos alimentos e a volta da fome dificultam (quando não inviabilizam) o cheiro de carne (ou vegetais) queimando na brasa.
Devido à inflação nas alturas, os itens mais comuns do churrasco estão 11,18% mais caros do que estavam no mesmo período do ano passado. A alcatra subiu 14,49%, o frango 20,33%, a picanha 16,12%, o filé mignon 26,95% e a cerveja 6,76%. Os números foram calculados em um levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgado nesta quinta (21) do feriado de Tiradentes.
Vale lembrar que um dos itens que interfere diretamente nesse aumento de preços é o valor dos combustíveis. Além de pagar mais caro para se locomover, o brasileiro sente o peso do frete no preço dos alimentos.
Comentaristas da TV já falam em alternativas para “engordar o churrasco”, o tipo de pauta que surge muito quando a comida está cara e inacessível à maior parte da população: para eles, é preciso investir em pão de alho e vinagrete para não passar aperto.
Lula, em seus discursos, sempre fala de como deseja que a cerveja gelada e o churrasquinho do fim de semana possam caber novamente no bolso do povo brasileiro. É mais do que carne (ou vegetais na brasa) e cerveja (ou sucos de frutas variadas), é a simbologia do descanso, do lazer e do encontro das famílias. Isso é um bem valioso que foi perdido no meio da enxurrada de incompetência e má vontade de Paulo Guedes e Bolsonaro, que se esbalda com picanhas de R$ 1800 o quilo enquanto o brasileiro revira o lixo em busca de comida. É preciso renovar a esperança naquele passado que a gente ainda lembra.