O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje que, assim como fez nas demais campanhas que disputou, não usará a religião como elemento na busca de voto e que tratará todos os eleitores como cidadãos brasileiros, independentemente da religião. No entendimento de Lula, um homem ou uma mulher, quando vai à igreja, vai tratar da fé e da espiritualidade, não discutir política ou para receber pressão de quem votar.
“Eu não participarei disso. Eu quero conversar com os eleitores brasileiros enquanto cidadãos brasileiros para discutir que tipo de país a gente quer construir. (…) Não faz parte da minha cultura política estabelecer qualquer princípio de guerra santa na política. Se quero discutir política, discuto na rua com os partidos. Quando vou na igreja, quero discutir a questão da minha fé. Eu quero conversar com Deus, eu não quero discutir política”, disse, lembrando que foi ele que criou o Dia Nacional da Marcha para Jesus e criou instrumentos para garantir a liberdade religiosa e o fortalecimento das igrejas.
Em conversa com jornalistas na tarde desta sexta-feira (19/08), o ex-presidente afirmou que seu objetivo é mostrar para o povo que há saídas para os problemas brasileiros, do ponto de vista econômico e do ponto de vista social. Ele citou especificamente a questão da educação e do emprego para os jovens que saem da universidade e lembrou que em seus governos houve investimentos nessas áreas e aumento do salário mínimo em 74%.
“Vamos discutir com a sociedade aquilo que é de interesse da sociedade. Então, nós vamos continuar discutindo a solução para os problemas do Brasil e essa questão religiosa não entrará na minha pauta política. Eu não posso diminuir a seriedade do que significa a religião para um cristão por causa de pessoas que não têm seriedade. Vamos continuar fazendo nossa política discutindo as necessidades do povo brasileiro”, defendeu.