Africanistas assinam manifesto em apoio a Lula

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Em apoio ao
trabalho na África do ex-presidente Lula e de seu Instituto

Lula foi o presidente que mais fez pela aproximação entre os
povos do Brasil e os dos países africanos. Durante os seus dois
mandatos, abriu  vinte novas embaixadas na África,
elevando o número de embaixadas do Brasil no continente a 37.  Nesse
período, o comércio transatlântico multiplicou-se
rapidamente, envolvendo milhares de empresas e trabalhadores em
empreendimentos produtivos benéficos para os nossos povos e países. A vitoriosa
experiência brasileira de combate à fome e à miséria
inspirou e serviu de exemplo para dezenas de governos africanos (e
não só) para travar um combate sem trégua à fome
e à miséria.

Com Lula, o Brasil estabeleceu parcerias
em diversas áreas da atividade produtiva, na educação, na cultura
e nos esportes com a maioria dos países africanos, resgatando
aos poucos aquilo que chamou de “dívida de solidariedade” para com os povos
africanos, submetidos que foram ao escravagismo e anacrônicos sistemas
coloniais até o fim do século passado. Em particular, a lei de 9/01/2003, assinada pelo presidente
Lula, que implementou o estudo obrigatório da História da África e da Cultura
Afro-Brasileiro nos ensinos fundamental e médio, tornou-se um marco fundamental
na história das relações Brasil-África. Isso gerou um capital de simpatia
sem precedente junto aos países africanos, que cada vez mais reconhecem no
Brasil um dos mais importantes e confiáveis parceiros internacionais na luta
pelo seu desenvolvimento.  

Ao final do seu segundo mandato, o
presidente Lula continuou a emprestar a sua experiência para o
aprofundamento das relações entre o Brasil e
os países africanos. A sua primeira atividade pública, logo
após vencer a batalha contra uma grave doença, foi participar de um evento para
debater com empresários e instituições africanas e
brasileiras as perspectivas de desenvolvimento das relações entre o Brasil
e os países do continente africano. 

A pedido de movimentos sociais, organismos internacionais,
governos, empresas e outras instituições, Lula e nossos parceiros da
Iniciativa África do Instituto  continuaram a visitar países, conversar
com chefes de estado, ministros, trabalhadores e empresários, proferindo
palestras para transmitir a experiência do seu governo e incentivar a
criação de novas parcerias entre o Brasil e os países africanos,
principalmente para combater a fome e a miséria.

Lula foi e tem sido, sem a menor sombra de dúvidas, uma
grande fonte de prestígio para o Brasil e o maior promotor do nosso país na
África. Isso não pode ser ignorado no momento em que se observa mais uma
tentativa de destruir a sua imagem pública com ilações sem provas. O
ex-presidente não se sente nem está acima da lei, mas a conduta do judiciário
deve se pautar pela irrestrita obediência aos parâmetros legais, sem ilações,
julgamentos ou condenações antecipados.

Por
meio deste, nós, que conhecemos e apoiamos o trabalho desenvolvido pelo
Instituto Lula em direção à África, queremos demonstrar a nossa solidariedade
ao ex-presidente Lula, amigo dos povos africanos.

Adilton de Paula – Coordenador institucional do Instituto Adolpho
Bauer

Alexandra Loras – Jornalista, consulesa da França no Brasil

Ana Fonseca – Historiadora e pesquisadora no Núcleo de Estudos de
Políticas Públicas da Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP

Beluce Bellucci – Economista, professora na Universidade Cândido Mendes
e coordenador do Centro de Estudos Afro-Asiáticos

Bianca Suyama, internacionalista, coordenadora executiva do Articulação SUL

Celso Amorim – Embaixador, ex-ministro das Relações Exteriores e
ex-ministro da Defesa

Daniel Balaban – Economista, diretor do Centro de Excelência de Combate
à Fome do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas – PMA

Daniel Calazans – Metalúrgico, diretor executivo do Sindicato dos
Metalúrgicos do ABC

Elói Ferreira de Araújo – Ex-ministro da Secretaria
de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR e ex-presidente da
Fundação Cultural Palmares

Flávia Antunes – Internacionalista, gerente na Global Health Strategies

Flávio Carrança – Jornalista, diretor do Sindicato dos Jornalistas em
São Paulo

Flávio Jorge – membro do diretório nacional da
Coordenação Nacional de Entidades Negras, CONEN

Fernando Mourão de Albuquerque – Sociólogo, professor na Universidade de
São Paulo e na Universidade Independente de Angola

Gabriela Vallim – Jornalista, articuladora do
movimento Juventude Viva

Gevanilda dos Santos – Historiadora,
membro da Diretoria Executiva da Soweto Organização Negra

Gilberto Leal – Pedagogo, diretor da Coordenação Nacional de Entidades
Negras, CONEN

Gilberto Schneider – Técnico agropecuário, diretor do Movimento dos
Pequenos Agricultores -MPA-

Iole Ilíada – Geógrafa, vice-presidente da Fundação Perseu Abramo

João Bosco Monte – Internacionalista, presidente do Instituto
Brasil-África

João Carlos Nogueira – Sociólogo, membro
do Núcleo de Estudos Negros (NEN), da Coordenação Nacional de Entidades
Negras (CONEN) e Coordenador Executivo do Projeto Brasil Afroempreendedor
(PBAE/SEBRAE/IAB/CEABRA)

João Cesar Belisário – Jornalista, diretor da Revista África21

José Luís Cabaço, professor universitário moçambicano

José Vicente – Advogado, reitor da Universidade Zumbi dos Palmares

Kabengele Munanga – Antropólogo, professor da Universidade Federal do
Recôncavo Baiano

Ladislau Dowbor – Economista, professor da Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo – PUC-SP

Luiz Felipe de Alencastro – Cientista político e historiador, professor
na Fundação Getúlio Vargas – FGV-SP

Márcia Lopes – Assistente social, ex-ministra do Desenvolvimento Social
e Combate à Fome

Marcos Aurélio Lopes Filho – Internacionalista, assessor de Programas de
Cooperação Humanitária da Organização das Nações Unidas para Alimentação e
Agricultura – FAO

Mathias de Alencastro –  Doutor em Ciência Política pela Universidade
de Oxford

Matilde Ribeiro – Assistente social, ex-ministra da
Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR – e atual
reitora do Campus dos Malês da Universidade da Integração Internacional da
Lusofonia Afro-Brasileira -UNILAB

Milton Rondó – Diplomata

Mônica Valente – Psicóloga, secretária de Relações Internacionais do PT

Natália da Luz – Jornalista e criadora do site Por Dentro da África

Paulo Esteves – Historiador, professor da Pontifícia Universidade
Católica do Rio de Janeiro -PUC-RJ- e supervisor do BRICS Policy Center

Rafael Pinto – membro da Coordenação
Nacional  de Africanidades  e  Resistência Afro Brasileira – CENARAB

Renata Prado – Frente de Jovens periféricos
articuladores da campanha contra redução da maioridade penal #15contra16.

Rita Marques, professora de literaturas africanas da Universidade de São Paulo-USP

Rômulo Paes – Epidemiologista, diretor do Centro Mundial para o
Desenvolvimento Sustentável – Centro Rio+, ONU

Salem Nasser – Advogado, professor e coordenador do
Centro de Direito Global da faculdade de Direito da Fundação Getúlio Vargas –
FGV-SP

Samuel Pinheiro – Embaixador, ex-secretário geral
do Itamaraty

Sandra Mariano – membro da Coordenação Nacional de
Entidades Negras, CONEN

Suhayla Khalil – Internacionalista, professora de
Relações Internacionais da Escola de Sociologia e Política de São Paulo
(FESPSP)

Tamires Gomes Sampaio – estudante de direito,
vice-presidenta da União Nacional dos Estudantes -UNE

Thainara de Lima Silva – estudante de Psicologia,
militante do movimento negro e feminista Dandariando

Vanessa Martina – Jornalista, editora da Revista
Samuel