O ex-presidente de Moçambique, Joaquim Chissano, afirmou nesta terça-feira (29), em Brasília, que há uma forte pressão da população africana para que os países do continente avancem em direção à democracia. Segundo ele, alguns estados – em especial no Oriente Médio – conseguem atender às necessidades básicas da população, como saúde, habitação e educação, mas falham em abrir espaço para participação política.
“Em todos os países há uma pressão enorme dos cidadãos sobre os governantes para o alargamento do espaço de exercício da cidadania. Mais ainda, os cidadãos exigem que a sua participação em todos os aspectos da vida nacional não seja uma mera formalidade, mas que seja eficaz, que influencie politicas e decisões”, disse.
Chissano, que governou Moçambique de 1986 a 2005, é considerado um dos responsáveis por reestabelecer a paz e implantar o sistema democrático no país. Ele veio ao Brasil para lançar o primeiro volume de sua autobiografia e participou de um seminário sobre educação, paz e democracia na Fundação Universa. Chissano também se encontrou na capital com representantes do Instituto Lula.