Candidato a vice-presidente na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin criticou a violência do ex-deputado Roberto Jefferson, um dos principais aliados do presidente Jair Bolsonaro, que interpelou policiais que cumpriam uma ordem de prisão em sua casa no último domingo com tiros de fuzil e granadas.
“Contra isso é que se formou uma frente ampla em torno do presidente Lula, para o Brasil voltar a ter paz, não ter ódio, ter uma agenda que interessa ao povo brasileiro, acabar com a fome, criar emprego para os jovens, melhorar a aposentadoria, fazer o salário mínimo crescer, essa é a agenda que nós defendemos”, declarou Alckmin nesta segunda-feira (24), durante entrevista a Super Rádio Tupi do Rio de Janeiro.
“Como pode, alguém em prisão domiciliar, ter aquele verdadeiro arsenal dentro de casa? Nós não estamos vivendo tempos normais. É lamentável”, completou o ex-governador paulista.
Jefferson foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por quatro tentativas de homicídio depois do episódio acima citado. Inicialmente ele tinha recebido uma ordem de prisão do ministro Alexandre de Moraes (Supremo Tribunal Federal) por descumprir medida que o proibia de participar de redes sociais, uma vez que estava em detenção domiciliar.
Ao resistir, o ex-deputado atirou em agentes da PF, e lançou granadas, deixando dois feridos. Assim, um novo mandado de prisão em flagrante foi emitido. Agora, ele está detido no Presídio de Benfica e deve seguir para Bangu 8, ambos na capital fluminense.