Desesperado com a iminência de não se reeleger, Bolsonaro comete abuso de poder e crime eleitoral mais uma vez, agora com o povo do campo. Denúncias confirmam o envio de mensagens de WhatsApp com conteúdo sob medida para assentados. O envio é feito por números desconhecidos, com DDD de Brasília. Pior, esse números, além de enviarem propaganda eleitoral, colocam a pessoa em grupos de WhatsAssp bolsonaristas cheios de mentiras contra Lula.
Uma das denúncias surgiu no interior da Bahia. A mensagem dizia “olha que mensagem legal que nosso presidente Bolsonaro mandou pra você assentado” e é seguida de um vídeo oficial da campanha de Bolsonaro, no qual promete a distribuição de títulos individuais de terra, dizendo que “chegou a vez” da Bahia. O vídeo tem o número de Bolsonaro o tempo todo na tela.
Não será a primeira vez que Bolsonaro usa dados cadastrais de beneficiários de programas sociais. Neste segundo turno, o abuso de poder e crime eleitoral é sobre o povo do campo, possivelmente acessado via cadastro do INCRA. No primeiro turno, as vítimas foram pensionistas do INSS, que receberam propaganda velada da candidatura de extrema-direita.
Dessa vez, o problema é pior porque no caso do INSS os envios foram via mensagem de texto mas, agora, o assédio é via WhatsApp com o agravante de colocar a pessoa em grupos bolsonaristas, nos quais passam a receber não só propaganda de Bolsonaro mas toda a sorte de mentiras, fake news (imagens violentas, inclusive) criadas para atacar Lula e o PT.
Essa prática é desonesta por uma série de motivos. Primeiro, pelo abuso de poder, verificado pelos indícios de uso de dados do INCRA (que não deveriam ser usados para fins privados) para publicidade de candidato a cargo público. Segundo, porque o que Bolsonaro promete é vago e apresentado como um suposto benefício, mas sem informações de como aconteceria. Terceiro, porque é assédio ser incluído em grupo de WhatsApp sem ter solicitado.
A legislação eleitoral prevê multa para o disparo em massa de mensagens através de aplicativos, e considera abuso de poder a obtenção ilegal de dados de cidadãos e o seu tratamento sem autorização prévia, como reportou o UOL. Neste caso, a punição pode ser a cassação da candidatura ou do mandato conquistado e a inelegibilidade dos responsáveis.
Assim como no golpe aplicado em aposentados, a campanha de Bolsonaro se apropria de dados cadastrais de pessoas beneficiadas por políticas públicas para fazer propaganda de sua candidatura. Isso é ilegal. As denúncias já foram encaminhadas e a Justiça Eleitoral irá agir. Nem o povo do campo, nem nenhum grupo de brasileiros, merece ser assediado.
Agora, mais importante é combater a mentira bolsonarista e suas falsas promessas com diálogo olho no olho, com conversa, com a lembrança do que foram os anos de miséria sob Bolsonaro e do que serão os anos de prosperidade com a volta de Lula 13. Está na hora de acabarmos com o império de mentiras do qual nos tornamos reféns com Bolsonaro. É hora de eleger Lula 13 e reconstruir o Brasil!
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