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Ao receber propostas do comércio, Lula diz que o Brasil precisa voltar à normalidade

Em um encontro na tarde desta terça-feira, 12, em Brasília, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador Geraldo Alckmin, pré-candidatos pelo Movimento Vamos Juntos Pelo Brasil, receberam de dirigentes da Confederação Nacional do Comércio (CNC), um documento com propostas para buscar a recuperação do setor nos próximos anos. Lula afirmou, em seu discurso, que para isso é primordial que o Brasil volte à normalidade.

“Quem for presidente a partir de 1º de janeiro pegará o Brasil infinitamente pior do que em 2003. Seja do ponto de vista político, econômico, social, seja do ponto de vista da relação entre os poderes. Digo sempre que o Brasil precisa voltar à normalidade, mas o que é voltar? Cada um cumprir a sua função, fazer aquilo que está decidido na própria Constituição. A Suprema Corte tem que fazer com que ela seja cumprida, o Poder Legislativo tem que legislar e o Poder Executivo tem que governar”, disse.

Segundo o ex-presidente, se isso for alcançado a partir do próximo ano, o Brasil poderá retomar sua trajetória de crescimento. Mas, para chegar ao objetivo, a negociação entre os diversos setores será primordial.

Veja também: Com Lula, brasileiros nas alturas. Com Bolsonaro, inflação descontrolada das passagens aéreas

“Se a gente conseguir que tudo seja acordado previamente, a gente vai ter menos problemas e vamos construir um Brasil que todos desejam. Para isso, o Brasil precisa de um presidente que tenha credibilidade, governe com previsibilidade e que garanta a estabilidade. Assim poderemos recuperar a nossa credibilidade externa, que foi jogada no esgoto. O Brasil era um país que era o xodó do planeta Terra, chegou a ser a 6ª economia do mundo, virou um pária da humanidade”, lamentou.

Lula lembrou que, graças à ascensão das classes C e D durante seu governo, o Brasil conseguiu crescer mesmo durante a grave crise econômica mundial de 2008. Um exemplo disso pôde ser visto no setor aéreo, quando ele recebeu muitas críticas por ter “transformado os aeroportos em rodoviárias”.

“Lembro que quando entramos no governo, o preço médio das passagens aéreas era de R$ 900 e tínhamos 30 milhões de passageiros por ano. Em 2010, a média tinha caído para R$ 400 e nós tivemos 100 milhões de brasileiros viajando. Isso significa viagem, significa hotel, comida, é isso que faz a economia crescer. Por outro lado, quando você tem 30 milhões de pessoas com fome como hoje, não ganha o comércio, não ganha ninguém”, ressaltou.

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