A rejeição das mulheres a Bolsonaro é um dos fatores que explica sua má performance nas pesquisas. Ele tenta às pressas conquistar a confiança feminina mas, sem ter nada de bom para apresentar, ele espalha fake news sobre seus supostos feitos a favor dessa fatia do eleitorado. Hoje comemoramos 16 anos da Lei Maria da Penha, sancionada por Lula e premiada internacionalmente por sua eficácia na proteção da vida das mulheres. Ou seja: de um lado, legado; do outro, mentiras.
Para Bolsonaro, mulher é “fraquejada”. No último dia Internacional da Mulher, ele expôs mais uma vez seu desprezo por elas, dizendo que “estão praticamente integradas à sociedade”. E emendou uma fake news: “Nós as auxiliamos e estamos sempre ao lado delas”. Conta outra.
Já mostramos como ele botou sua esposa Michelle para divulgar mentiras sobre ações para as mulheres. Tudo parte dessa tentativa desesperada de melhorar a própria imagem, sendo que ele nada fez de relevante por elas. Na verdade, fez o contrário.
Michelle mentiu que seu marido teria criado 70 projetos de lei específicos para mulheres. Tem show fake aí! Ele não propôs nenhum deles! Dos 70 projetos citados, 26 não têm nenhum recorte de gênero. O que ficou marcado na memória das brasileiras, na verdade, são os projetos que Bolsonaro vetou.
Ele vetou a lei que previa o combate à pobreza menstrual com a distribuição de itens de higiene para pessoas em situação de vulnerabilidade. Não contente, também vetou o projeto que garantia o pagamento em dobro do auxílio emergencial para mulheres chefes de família. E, bem canalha, anistiou os partidos que não seguem a legislação para destinar recursos mínimos para participação das mulheres na política.
Enquanto isso, o orçamento de combate à violência de gênero despencou ao menor patamar na gestão Bolsonaro. Para piorar, desde 2019, instituiu-se um “desmonte” de políticas públicas para as brasileiras. Estamos em 2022 mas, sob Bolsonaro, as conquistas das mulheres retrocederam 20 anos, segundo a ONU.
As mulheres são as chefes de família que mais sofrem com a fome. Na pandemia, foram as que mais perderam empregos e, quando o recuperam, são pior remuneradas do que os homens. Ou seja, sob Bolsonaro, elas voltaram a ser vítimas de feminicídios, em números assombrosos, cometidos por homens que se sentiram autorizados a machucá-las.
Quando expressa seus sentimentos pelas mulheres, Bolsonaro é machista, grosseiro e racista. Quando quer convencê-la de que fez uma boa gestão, é mentiroso, enganoso e espalha fake news. Ora, ora. Vá lavar uma louça, Bolsonaro!
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