‘Na favela mora trabalhador’: RJ reage a preconceito de Bolsonaro e suas fakes

Nem no debate presidencial Bolsonaro conseguiu esconder o preconceito e o ódio que tem contra os mais pobres. E voltou à fake news do boné da CPX; Assista à reação do povo do Rio de Janeiro

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Foi em rede nacional de televisão, com transmissão ao vivo pela internet nos principais portais de notícias e redes sociais do país. O presidente candidato à reeleição acha que nas comunidades do Rio de Janeiro só tem traficante. O preconceito de Jair Bolsonaro contra os mais pobres só fica mais e mais claro quando ele é confrontado com a realidade. Não é à toa que ele é um dos que menos fez por quem mais precisa.

É um caso clássico de fake news que começa na internet e logo está circulando no dia a dia da gente. Tudo começou na semana passada, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou um boné da CPX durante uma visita ao Complexo do Alemão. A Zona Norte do Rio virou um rio de alegria e esperança, com centenas de pessoas celebrando a escolha por Lula 13 e por um Brasil da Esperança no segundo turno das eleições 2022.

A sigla significa “complexo” e se refere ao Complexo do Alemão. Este é o nome do lugar onde Lula estava. Mas quem tem ódio aos mais pobres olha para as comunidades e vê apenas bandidos. Incomodada com o sucesso da caminhada de Lula no Rio de Janeiro, máquina de mentiras do gabinete do ódio espalhou a fake news de que o boné que ele usou representava a criminalidade.

No domingo à tarde, cariocas repercutiram as mentiras preconceituosas e reforçaram que, sim, tem muita gente que mora na favela e não é bandido. Gente trabalhadora, que cuida dos filhos, dos mais velhos e de toda a família, acordando ainda de madrugada para ir até o serviço. “A maioria das pessoas que moram na favela são trabalhadores”, disseram. “Ele não apoia a população de baixa renda, não apoia a população de favela.”

preconceito Bolsonaro pobres

“O candidato sabe que quem cuida de crime organizado não sou eu. Quem tem relação com miliciano e crime organizado, ele sabe que não sou eu, e sabe quem tem. Sabe inclusive da culpabilidade que foi o crime organizado que matou a Marielle no Rio de Janeiro.” — Lula no debate da Band no segundo turno

Além de ser mentira, ofende todas as dezenas de milhares de moradores da comunidade. Tudo o que fazem é para tentar esconder a imensidão do apoio popular à candidatura de Lula. A grandiosidade do evento com Lula impactou também a imprensa internacional. Lula no Alemão, ou seja, Lula no CPX, foi destaque nos jornais The Guardian, na mídia francesa RFI, na mídia norte-americana ABC, bem como na revista Time.

Lula rapidamente rebateu: “Os bandidos o senhor sabe onde estão. Os bandidos… tinha um vizinho seu que tinha cem armas dentro de casa. O senhor sabe. Esse não era da favela do Complexo do Alemão. Esse morava no apartamento na Avenida Copacabana. É achar que bandido tá só no lugar dos pobres? Os grandes bandidos estão no lugar dos ricos. Os pobres são trabalhadores!”

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“Eu sou o único candidato à Presidente da República que tenho coragem de entrar numa favela. Sem colete de segurança. E já não é agora, quando eu era Presidente, eu entrava no Rio de Janeiro, as pessoas falavam “vai com cuidado porque o Bolsonaro é amigo dos milicianos. Você vai com cuidado”. Eu ia. Eu ia sabe por quê? Eu acredito no povo. E eu fui numa comunidade no Complexo do Alemão, povo extraordinário, trabalhador, fizemos uma passeata extraordinária e exuberante, e ali não tinha bandido na passeata. Ali tinha mulheres e homens que trabalham, que levantam cinco horas da manhã para trabalhar….” — Lula no debate da Band no segundo turno