Ato Lula Livre: alunos e professores da USP reafirmam resistência ao golpe

Compartilhar:

Na data em que se completaram 125 dias da prisão política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estudantes, docentes e trabalhadores da USP – Universidade de São Paulo – realizaram um ato político por Lula Livre que contou com a presença de centenas de pessoas.

Personalidades do mundo político e acadêmico reiteraram a injustiça a que Lula está submetido e o fato de a população já começar a ter clareza sobre o golpe que o país sofreu e sobre seu enredo de retrocesso nas conquistas e direitos até então alcançados, principalmente, pela parcela menos privilegiada da população.

No início do ato, os professores Everaldo de Oliveira Andrade e Leda Paulani, do Comitê Lula Livre da USP, afirmaram que o movimento busca conscientizar todas as universidade sobre a gravidade dos retrocessos que estamos vivendo no país. Everaldo leu o Manifesto dos Docentes da USP, assinado por dezenas de professores da instituição, que tem como foco o posicionamento pela ampla defesa das liberdades democráticas.

Na sequência, as entidades que representam os estudantes e a juventude se revezaram nas falas, entre elas: União Nacional dos Estudantes – UNE; União Estadual dos Estudantes – UEE; Diretório Central dos Estudantes – DCE/USP; Levante da Juventude; União da Juventude Socialista – UJS e Afronte – Juventude Sem Medo.

De forma unânime, os representantes explanaram sobre a prisão injusta de Lula e a defesa de seu direito de ser candidato à presidência da República. A representante do DCE/USP, Bianca, enfatizou a importância da mobilização de todos em torno da candidatura Lula, que “é a única que respeita a soberania nacional” e que Lula “é o único candidato que dialoga com o povo”.

O ex-aluno da USP, Frei Betto, foi um dos convidados a falar. Ele destacou a importância da luta contra o golpe parlamentar vigente no país. “Não nos iludamos. Hoje é o Lula que está preso, amanhã seremos todos nós. Daí a importância da resistência”.

Lula foi acusado e condenado sem provas e, mesmo assim, continua sendo o líder das pesquisas eleitorais e o maior representante da luta contra o golpe que pretende devolver o Brasil a uma época de autoritarismo e exploração brutal do povo trabalhador”, disse Júlio Turra, representante da Central Única dos Trabalhadores – CUT, um dos convidados do ato. Ele ainda ressaltou que “eleições sem Lula é fraude”.

Ana Bock, candidata a vice-governadora de São Paulo na chapa do petista Luiz Marinho, e Eduardo Suplicy, candidato ao Senado pelo PT, finalizaram o ato reiterando o direito de Lula ser candidato e convidando a todos para a mobilização do próximo dia 15 agosto, quando será realizado o registro da candidatura de Lula junto ao Tribunal Superior Eleitoral – TSE.

O ato ocorreu nesta quinta-feira (9/8), na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas – FFLCH, da USP, no vão da História e da Geografia, e foi precedido pela apresentação do grupo musical Trio Sinhá Flor.