Aumentou a distância entre ricos e pobres, diz Lula

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Em conversa com parlamentares petistas na manhã desta segunda-feira, 31, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que, após a saída do PT do poder, aumentou no Brasil a distância entre a camada da população que pode acessar os bens de consumo e a maioria dos brasileiros que não tem acesso a nada, nem mesmo às proteínas necessárias para viver bem, já que há no país um universo de 116 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar.


A realidade do Brasil hoje é bem diferente daquela vivida nos tempos dos governos petistas, que conseguiram acabar com a fome, alcançar pleno emprego, valorizar o salário mínimo e fazer com que a classe trabalhadora tivesse reajustes acima da inflação.

Em participação no seminário Resistência, Travessia e Esperança, ao lado da presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, Lula voltou a defender a construção de um movimento que reúna os interessados em redemocratizar o país, restabelecer os direitos dos trabalhadores e tratar educação e saúde como investimento e não como gasto.

O seminário foi promovido pelas bancadas do PT na Câmara e no Senado, o PT, a Fundação Perseu Abramo e o Instituto Lula.

Para o ex-presidente, tornar o Congresso mais progressista, comprometido com a classe trabalhadora e com representação de mulheres, mulheres negras, LGBTs e estudantes, por exemplo, é fundamental para o Brasil voltar a ser feliz.

“Se não eleger deputados comprometidos com a esperança da classe trabalhadora, a gente corre o risco de eles encherem nosso galinheiro de raposas e fazer com que o Brasil em vez de melhorar, piore”.

Lula afirmou também que o país está sem governo e sem ministros do planejamento e da economia e que o Orçamento, que deveria ser gerido pelo executivo, está nas mãos do legislativo.

“Temos um presidente que subordinou seu mandato ao Congresso. Nunca na história um presidente foi tão subserviente e submisso ao Congresso Nacional”, afirmou, criticando diretamente o chamado orçamento secreto. “Esse orçamento secreto não é coisa boa. Se fosse, todos iam querer contar que receberam ajuda da Presidência, que foram ajudados pelo Governo. Mas é secreto, então não pode ser coisa boa”.