A situação geral do Brasil “parece preocupante, com considerável incerteza política”, alerta o Banco Mundial em relatório divulgado na sexta-feira (05/10). Com isso, a instituição cortou pela metade a previsão de crescimento da economia brasileira em 2018 e agora prevê expansão de apenas 1,2% neste ano. A expectativa de expansão do produto interno bruto (PIB) em 2019 também foi reduzida.
Os alertas para as consequências da instabilidade política, consequência do golpe que tirou do poder uma presidenta legitimamente eleita, datam já de maio de 2016, quando o Banco Mundial advertiu, no relatório “Retomando o caminho para a inclusão, o crescimento e a sustentabilidade”: “Ao final de 2015, os fatores que determinaram os avanços socioeconômicos da última década foram revertidos”.
O Banco Mundial é claro ao reconhecer o sucesso das políticas de distribuição de renda de Lula e Dilma, dizendo que, “a partir de 2003, o país passou a ser reconhecido por seu sucesso na redução da pobreza e das desigualdades e por sua capacidade de geração de empregos”. E continua: “Políticas inovadoras e eficientes para reduzir a pobreza e assegurar a inclusão de grupos até então excluídos tiraram milhões de pessoas da miséria”.
O relatório refuta a tese de que “os ganhos da última década teriam sido uma ilusão (criada pelo boom das commodities) e atualmente insustentável no ambiente internacional menos complacente que o país enfrenta”. Pelo contrário, crava que “não existem motivos para que as recentes conquistas socioeconômicas sejam revertidas; efetivamente, elas podem perfeitamente ser ampliadas com a aplicação de políticas corretas”.
O documento destaca o protagonismo global do país, potência econômica regional, nos últimos 12 anos, como motivo de orgulho para o povo brasileiro. “O caminho de desenvolvimento do Brasil durante a última década mostrou que crescimento com prosperidade compartilhada, mas equilibrado com o respeito pelo meio ambiente, é possível. Brasileiros estão certamente orgulhosos dessas conquistas reconhecidas internacionalmente”.
“A redução da pobreza é uma realização de significância regional e representa quase 50% da redução da pobreza em toda a região da América Latina e Caribe”, afirma o texto, que classifica o Bolsa Família como uma “política bem projetada” capaz de obter “resultados formidáveis no desenvolvimento”.
Haddad ajustará a política fiscal e ampliará os programas de Lula
“A experiência recente do Brasil mostra que as deficiências institucionais podem ser superadas com políticas bem projetadas”, diz o Banco Mundial. No entanto, recomenda que a sustentação dessas conquistas está condicionada a um ajuste da política fiscal e do modelo de crescimento.
Com a experiência de governos que fizeram uma verdadeira revolução social, tirando 36 milhões de pessoas da miséria, Fernando Haddad, o candidato de Lula e do PT, sabe da importância de manter e ampliar essas políticas de sucesso.
É por isso que, em seu Programa de Governo, se compromete com a revogação da Emenda Constitucional 95, que limita por vinte anos os investimentos e as políticas públicas capazes de gerar desenvolvimento e que foi duramente criticada em um comunicado da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado em agosto deste ano.
Além disso, o programa propõe interromper as privatizações e a venda do patrimônio público, essencial ao nosso projeto de Nação soberana e indutora do desenvolvimento, e tomar iniciativas imediatas para recuperar as riquezas do pré-sal, o sistema de partilha e a capacidade de investimento da Petrobras e demais empresas do Estado.
Haddad compartilha do sonho de Lula e do povo, de um país justo e soberano para todos e todas. Por isso tem compromisso firme em interromper a entrega das riquezas brasileiras e o corte de direitos. O Brasil voltará a ser motivo de orgulho e alegria para cada brasileira e brasileiro.