Categorias: Notícias

Barroso já defendeu que tratados estão acima da lei brasileira

Juiz prega que o espírito universal dos direitos humanos deve ser levado em conta pelo Direito interno dos países. Agirá assim com Lula no TSE?

O ministro Luís Roberto Barroso vai concentrar as ações contra a candidatura de Lula no TSE.  Tido por colegas de academia como “neoliberal progressista”, Barroso prega que existe uma “ética universal” ditada pelos Direitos Humanos. E que esta ética influencia (ou deveria) o Direito interno dos países.

Barroso expôs em um livro de 2010 seu pensamento sobre a existência de uma “ética universal” baseada nos Direitos Humanos e de que esta ética deve ser absorvida pelo Direito interno de uma nação.

Na obras intitulada “A dignidade da pessoa humana no direito constitucional contemporâneo: natureza jurídica, conteúdos mínimos e critérios de aplicação”, Barroso defendeu que há “um manancial de documentos internacionais” que são “indiscutivelmente vinculantes do ponto de vista jurídico”.

Nas páginas 19 e 20:

“(…) a dignidade deve ser delineada com o máximo de neutralidade política possível, com elementos que possam ser compartilhados por liberais, conservadores ou socialistas. Por certo, é importante, em relação a múltiplas implicações da dignidade, a existência de um regime democrático. Por fim, o ideal é que esses conteúdos básicos da dignidade sejam universalizáveis, multiculturais, de modo a poderem ser compartilhados e desejados por toda a família humana. Aqui, será inevitável algum grau de ambição civilizatória, para reformar práticas e costumes de violência, opressão sexual e tirania. Conquistas a serem feitas, naturalmente, no plano das idéias e do espírito, com paciência e perseverança. Sem o envio de tropas.

Para tais propósitos – definir conteúdos laicos, politicamente neutros e universalizáveis –, há um manancial de documentos internacionais que podem servir de base, a começar pela Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH). Note-se o emprego do termo universal, e não internacional. Trata-se de documento aprovado pela Assembléia Geral das Nações Unidas, em 10.12.1948, por 48 votos a zero, com oito abstenções. Nela se condensa o que passou a ser considerado como o mínimo ético a ser assegurado para a preservação da dignidade humana. Seu conteúdo foi densificado em outros atos internacionais, indiscutivelmente vinculantes do ponto de vista jurídico – ao contrario da DUDH, tradicionalmente vista como um documento meramente programático, soft Law –, como o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos e o Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, ambos de 16.12.1966. A eles se somam outros tratados e convenções internacionais da ONU, bem como documentos regionais relevantes, americanos, europeus e africanos.”

Fica aberto o questionamento se Barroso fará o que prega, e levará em conta a posição do órgão de Direitos Humanos da ONU, ou vai privilegiar sua própria visão ideológica, dando suporte doutrinário à Operação Lava Jato.

Por DCMcom informações da Carta Capital

Posts Recentes

Entre no Zap do Lula

O Zap do Lula trás informações quentes e segmentadas para você poder ficar por dentro…

1 ano atrás

Chamou? Chegou! Só os entregadores ON!

Valorizar essa categoria é um dos planos do governo do Presidente Lula. Entregadores merecem e…

2 anos atrás

Confira a lista completa de grupos do Time Lula Brasil!

Confira a lista de grupos regionais do Time Lula Brasil aqui! Participe e faça parte…

2 anos atrás

Tudo o que você precisa saber sobre o Zap do Lula!

Trabalho feito por militantes e ativistas voluntários busca organizar a comunicação no WhatsApp

2 anos atrás

Janja te convida para o Time Lula Mulheres!

Faça parte do Zap Time Lula Mulheres! Grupos especiais em defesa da democracia construídos por…

2 anos atrás

8M A força e luta da mulher em defesa da democracia segue aqui!

8 de março, um dia que simboliza todas as mulheres e suas lutas, que são…

2 anos atrás