Bernie Sanders pede anulação de julgamento de Lula devido aos abusos da Lava Jato

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Da Revista Fórum

“Hoje, é mais claro que nunca que Lula da Silva foi preso em um processo politizado que negou a ele um julgamento justo e o devido processo legal (…) estou com líderes políticos e sociais de todo o mundo que estão pedindo ao Judiciário brasileiro que o liberte e anule sua condenação”, afirmou o senador estadunidense.

As denúncias feitas neste domingo (9) pelo The Intercept continuam tendo repercussão no Brasil e no mundo. Dos Estados Unidos, Bernie Sanders, senador e pré-candidato presidencial da esquerda, pediu que Lula seja libertado, em virtude dos abusos cometidos pela Operação Lava Jato no processo em que ele foi condenado.

Em comunicado enviado ao mesmo site The Intercept, reproduzindo um tweet seu, Sanders afirmou que “hoje, é mais claro que nunca que Lula da Silva foi preso em um processo politizado que negou a ele um julgamento justo e o devido processo legal. Durante sua presidência, Lula supervisionou enormes reduções na pobreza e continua sendo o político mais popular do Brasil. Eu estou com líderes políticos e sociais de todo o mundo que estão pedindo ao Judiciário brasileiro que liberte Lula e anule sua condenação”.

Além do comunicado, o The Intercept também traz uma pequena entrevista com um deputado da linha senderista do Partido Democrata, o jovem Ro Khanna, quem assegura que sua bancada vai solicitar formalmente ao governo de Donald Trump que investigue “as possíveis ações ilegais dos procuradores e do juiz Sérgio Moro, que violou todas as normas e ética judiciais em sua ação contra o ex-presidente Lula da Silva”.

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Segundo Khanna, “a reportagem confirmou algo que já sabíamos: Moro fez parte de uma conspiração maior para levar Lula à prisão”, e completou dizendo que “talvez não seja o caso de fazer um julgamento factual sobre a inocência de Lula, mas a reportagem mostra que Moro não era imparcial e que estava coordenado com os promotores”.

Este não é o primeiro gesto de Bernie Sanders a favor de Lula. Em julho de 2018, ele e outros 29 congressistas estadunidense assinaram um documento pedindo a liberdade do ex-presidente e a apuração do assassinato da vereadora Marielle Franco.