A menos de duas semanas das eleições, as fake news seguem se proliferando nas plataformas digitais e redes sociais sem nenhum tipo de filtro efetivo. Fizemos um Manifesto para exigirmos que as Big Techs respeitem o Brasil. É urgente! É a nossa democracia que está em risco.
Como sociedade civil, queremos manifestar nossa insatisfação com a política de controle de conteúdo e do descaso com as denúncias às Big Techs (ou seja, às empresas que são donas das plataformas digitais e redes sociais).
Exigimos uma postura mais efetiva em relação a: 1) informações falsas; 2) discurso de ódio e ameaças; 3) restrição de perfis falsos; 4) conteúdos editados e manipulados com o objetivo de enganar ou difamar Lula, o PT e os partidos de esquerda; 5) impedir a veiculação de anúncios contendo fake news. A nossa demanda é que as fake news já denunciadas e desmentidas por agências de checagem sejam derrubadas imediatamente. Bem como, para que seja garantido direito de resposta a pessoas atacadas e que as denúncias enviadas sejam identificadas com números de protocolo, para que sejam devidamente acompanhadas.
Apesar de dizerem estar empenhadas ao máximo em conter as fake news, temos visto uma série de eventos que mostram que esse empenho precisa ser maior, mais efetivo, mais realista. Mais de uma vez, noticiamos como o Facebook e o Instagram lucram com as contas falsas que deveriam combater. Também, ao contrário do que suas próprias políticas rezam, seguem aceitando anúncios antidemocráticos. O YouTube, por sua vez, além de estar recheado de conteúdo golpista, beneficia diretamente os conteúdos mentirosos do bolsonarismo.
O Manifesto contra fake news é um pedido de socorro da democracia brasileira
Comparativamente, nas últimas semanas, em especial a partir do começo oficial da campanha eleitoral, partidos e coligações têm cobrado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), através de representações e processos, que tirem do ar conteúdos que contenham mentiras. A Coligação Brasil da Esperança, formada por PT, PV, PCdoB, PSOL, REDE, PSB, Solidariedade, Avante, Agir e Pros conseguiu derrubar das redes sociais e plataformas, como o YouTube, algumas dezenas de fakes que atacavam diretamente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dentre os conteúdos derrubados estão aqueles que mentiam para tentar incutir no eleitor a inverídica associação entre Lula e o PCC; Lula e a suposta fraude nas urnas; Lula e a retirada de direitos trabalhistas; Lula e o irmão de Adélio Bispo; Lula e Suzane Von Richthofen; etc. Ou que atacavam diretamente o PT ao responsabilizá-lo por aumento de preços ou por cartilhas que nunca existiram.
A Justiça é necessária, as multas e o fato de obrigar mentirosos a apagar fakes são educativas. Mas sabemos que não basta apagar uma dezena, ou mesmo uma centena de links com mentiras: é preciso que as plataformas façam sua parte. Só elas têm o domínio sobre seus algoritmos, só elas têm como identificar e de fato eliminar uma mentira (no seu nascedouro ou coibindo sua distribuição), por isso repetimos o nosso apelo! E não estamos sós.
Só aqui no Verdade na Rede somos mais de 13 mil voluntários atuando por uma internet com menos desinformação. Nosso Manifesto pede que Google, Facebook, Instagram, Kwai, LinkedIn, Tik Tok, Telegram, Twitter, WhatsApp e YouTube RESPEITEM O BRASIL!
Enquanto todas as redes não tomarem providências imediatas para controlar a disseminação de fake news, nosso processo eleitoral e, por consequência, nossa democracia, seguriá sob ameaça. Exigimos respeito. Assine!
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