Circula nas redes sociais vídeo que tem gerado uma onda de indignação e tristeza. Uma senhora é humilhada por um eleitor do presidente Jair Bolsonaro ao declarar voto no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No vídeo, filmado pelo próprio homem, ele afirma que não doaria mais marmitas à senhora por conta de sua declaração. Mais de 33 milhões de brasileiros passam fome hoje no país. 125 milhões não sabem se terão o que comer. E o bolsonarismo? O bolsonarismo zomba da fome e da miséria em que o presidente do Brasil colocou seu povo.
No vídeo, a idosa é questionada se é Bolsonaro ou Lula. Ao responder ser apoiadora do petista, passa a ser alvo de hostilidade e humilhação. “Então tá bom. Ela é Lula. A partir de hoje não tem mais marmita, ta bom? É a última marmita que vem aqui. A senhora peça pro Lula agora, beleza? Aqui não vem mais marmita. Ela vai pedir pro Lula”, diz o homem, posteriormente identificado como Cássio Cenali, empresário do agronegócio da região de Itapeva (SP). De acordo com a imprensa, Cássio responde a diversos processos e teria recebido indevidamente R$ 5.250 do Auxílio Emergencial durante a pandemia.
O episódio revela a face mais cruel do bolsonarismo: o cidadão de bem, o defensor da família, o homem de Deus, mas que despreza o próximo, que não enxerga como irmão aquele que pensa diferente, e que nega ajuda a quem mais precisa por convicções imorais.
A máquina de mentiras de Jair Bolsonaro não se moveu para prestar qualquer apoio ou solidariedade à mulher, mas, como de praxe, agiu com pressa para imputar a outro a responsabilidade. Bolsonaristas sugeriram que um apoiador de Lula seria o homem das imagens.
Felizmente, uma onda de amor e solidariedade também foi provocada pelo caso. Muitas pessoas logo se dispuseram a ajudar a senhora. Hoje, a regional de Itapeva do Movimentos Sem Terra localizou dona Ilza e se comprometeu a manter a entrega de cestas básicas à mulher pelos próximos seis meses.
Cássio veio a público na tarde desse domingo (11) se desculpar pelo ocorrido. Ele disse estar arrependido e que há mais de dois anos entrega marmitas na região, com o seu recurso e sem apoio político.
“Deus transformou o mal que ele fez em benção”, disse Ilza Ramos Rodrigues, a diarista de 52 anos, exposta pelo preconceito e intolerância. Ilza disse que quando viu o homem sacar o celular pensou que fosse gravar o vídeo para alguma ONG. “Fiquei com a caixa na mão. E ele gravando, na minha cara”, contou.
“Fiquei desesperada, fiquei nervosa. Liguei para a minha irmã: ‘Você não sabe o que aconteceu. Ele vai pôr a minha imagem no Face, vão tirar sarro de mim’.”
Quando o vídeo viralizou ainda ecoava nas redes indignação por outro episódio semelhante. Na Globonews, o ex-diretor do Datafolha, Mauro Paulino, contou o relato de duas senhoras sobre uma cena que teria acontecido durante os atos de 7 de setembro. Segundo Paulino, um garoto, provavelmente em situação de rua, vestido com uma camiseta puída da cor vermelha, foi humilhado por um grupo de bolsonaristas vestidos com as cores da bandeira nacional ao pedir algo para comer.
“Tá com fome? Procura o Lula”, disseram os cidadãos de bem a uma criança faminta. Questionado pelas senhoras, o grupo teria dito ainda que “se ele é Lula, se ele está de vermelho, então merece passar fome mesmo”.
Em mais um “episódio isolado”, em vídeo, a empresária do ruralista Roseli Vitória Martelli D’Agostini Lins orienta que colegas agricultores “demitam sem dó” funcionários que votarem em Lula. O Ministério Público do Trabalho investiga o caso. “Façam um levantamento. Quem for votar no Lula, demitam, e demitam sem dó, porque não é uma questão de política, é uma questão de sobrevivência. E você que trabalha com o agro e que defende o Lula, faça o favor, saia também”, ameaça.
O bolsonarismo zomba da fome. Os três episódios desnudam como age parte da elite brasileira que apoia o presidente Jair Bolsonaro. É aquela elite que quer manter o pobre na miséria e refém do assistencialismo dos mais ricos, a mesma que quer ver os jovens pobres longe das universidades, do conhecimento, é a que nega que, com Lula, o país cresceu. É a elite que, como o próprio presidente, do conforto de suas casas, nega, sem constrangimento algum, que haja fome no Brasil. “Alguém já viu alguém pedindo um pão na porta, ali no caixa da padaria? Você não vê, pô”, disse ele em entrevista ao programa Pânico, na Jovem Pan.
Governar é cuidar. É o que Lula sempre diz e é como ele governou o país nos seus dois mandatos. Governar não é zombar do sofrimento da população, mas trabalhar para que ninguém mais sofra. Esse é o legado de Lula, mas também um convite para o futuro.
No Twitter, o ex-presidente e agora candidato se manifestou sobre o caso:
“A fome é culpa da falta de compromisso de quem governa o país. Negar ajuda para alguém que passa por dificuldades por divergência política é falta de humanidade. Minha solidariedade com essa senhora e sua família. O Brasil vai voltar a ter dias melhores”, disse.
Com Lula, o Brasil, que já venceu a fome uma vez, vai vencer de novo. Com geração de emprego, inclusão do pobre no orçamento e renegociação das dívidas para que famílias voltem a viver com dignidade. Com Lula, a humilhação dos mais necessitados vai ficar no passado. Com Lula, o ódio vai dar espaço ao amor. Ta com fome? Procura o Lula.
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