O domingo deste segundo turno foi agitado de lado a lado. De desobediência da PRF a falsas denúncias de compra de votos. Do lado dos fatos reais, o país se escandalizou com as operações ilegais da Polícia Rodoviária Federal, de forma coordenada (o que revela aparelhamento do órgão, o que é gravíssimo). Do lado dos fatos inventados, a máquina de mentiras bolsonarista espalhou, também de forma coordenada, mentira sobre compra de votos para supostamente favorecer Lula.
Essa estratégia de inventar mentira sobre compra de votos serve ao gabinete do ódio, que pretende alegar fraude eleitoral em caso de derrota de Bolsonaro nas urnas.
Trata-se de uma fake news como as centenas de outras que denunciamos aqui. Como a agência de checagem Aos Fatos revelou, os mentirosos usaram uma foto antiga de apreensão de dinheiro pela PF e colocaram em um print falso, simulando site de notícia. Para dar “credibilidade”, parlamentares do gabinete do ódio publicam o print e endossam a mentira.
A foto não foi registrada no Pará nem está relacionada a uma suposta compra de votos para o candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, uma foto que mostra dezenas de maços de dinheiro apreendidos pela PF (Polícia Federal). A imagem foi registrada em agosto de 2020 após uma operação no Rio de Janeiro contra fraudes nos Correios. A corporação afirmou que não realizou qualquer operação relacionada a compra de votos para Lula.
Além dessa mentira, com essa foto e essa denúncia, ao longo do dia outras semelhantes estão sendo produzidas. Isso só confirma que o gabinete do ódio é mesmo um ecossistema de desinformação que ameaça não só o bom andamento das eleições, mas a democracia brasileira.