Bolsonaristas mentem que Lula vendeu Amazônia e se defendem com dados do PT

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Da Redação do PT

As queimadas na Amazônia, o desastroso discurso mentiroso de Bolsonaro na ONU e a Operação Crassa, realizada pela PF ontem (24) em Rondônia, fizeram bolsonaristas inundar as redes sociais com fake news atacando o PT. No Twitter, tem grande alcance a afirmação falsa de que Lula vendeu a Amazônia e Bolsonaro não quer entregá-la.

Essa mentira, no entanto, não vem de agora, faz parte de uma estratégia maior de construção de uma narrativa alternativa, sem base em fatos, que busca colocar o PT como um entreguista da Amazônia.

Ao mesmo tempo, o governo usa dados dos governos petistas para se defender de críticas a sua política ambiental, em nota assinada pelo Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e pelo MRE (Ministério das Relações Exteriores).

“De 2004 a 2012, o desmatamento da região chamada de Amazônia Legal caiu 83%, enquanto que a produção agrícola subiu 61%. Nesse mesmo período, o rebanho bovino cresceu em mais de 8 milhões de cabeças, chegando a 212 milhões em 2012. Esses dados inserem-se em tendência histórica de intensificação da agropecuária brasileira e dos decorrentes ganhos de produtividade, em sintonia com a preservação ambiental”, diz a nota, citando o período das gestões Lula e Dilma. O que o texto omite é que, desde o início do governo Bolsonaro, houve aumento no desmatamento da Amazônia e disparada no número de queimadas.

Recentemente, desmentimos aqui que Lula vendeu o solo da Amazônia para uma empresa norueguesa em um documento secreto. Também mostramos outra fake news, que dizia que a Reserva Raposa Serra do Sol foi vendida para George Soros.

Nesta sexta (25), com a Operação Crassa contra a exploração de diamantes em terra indígena na Amazônia, o Jornal da Cidade Online, um dos principais divulgadores de fake news e alvo de CPMI, afirmou que finalmente o Brasil está tomando conta de suas riquezas. Cabe lembrar que, em 2004, foi Lula quem autorizou a criação de um grupo operacional para coibir a exploração mineral em terras indígenas.

O site também insinua que um partido de esquerda estaria interessado no garimpo ilegal e por isso pressionou o STF para impedir a atuação das Forças Armadas na região, aumentando a desinformação.